Rabino emérito da Congregação Israelita Paulista (CIP), ele se destacou como uma voz firme em defesa dos direitos humanos.
O rabino Henry Sobel, de 75 anos, morreu nesta sexta-feira, 22, em Miami, nos Estados Unidos ©Reprodução/Federação Israelita do Estado de São Paulo |
Ainda na primeira infância, a família de Sobel se estabeleceu em Nova York, onde ele se formou rabino. A partir de 1970, ele se radicou no Brasil.
Rabino emérito da Congregação Israelita Paulista (CIP), Sobel foi uma voz firme em defesa dos direitos humanos no país, com destaque para sua atuação na luta pelo esclarecimento da morte do jornalista Vladimir Herzog, também de origem judaica, quando este estava em poder dos órgãos de repressão da ditadura militar, em São Paulo, em 1975.
Em 1975, Sobel se recusou a enterrar Vladimir Herzog na ala dos suicidas do cemitério israelita, por rejeitar a versão oficial acerca das circunstâncias da morte. O rabino também se juntou a líderes de diferentes religiões num ato ecumênico em homenagem a Herzog, em 31 de outubro de 1975, uma semana depois de seu assassinato, na Praça da Sé. Além de Sobel, estavam presentes o católico Dom Paulo Evaristo Arns e o protestante Jaime Wright.
Por G1