CAMPO GRANDE (MS),

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    26/09/2019

    PF prende ex-governador do Tocantins

    Marcelo Miranda foi preso em Brasília, no apartamento funcional da mulher, a deputada Dulce Miranda. Ele é investigado em operação sobre corrupção.

    Marcelo Miranda foi preso pela Polícia Federal em Brasília — Foto: Reprodução/TV Anhanguera
    A Polícia Federal prendeu nesta quinta-feira (26) o ex-governador de Tocantins Marcelo Miranda (MDB). Ele é investigado em operação sobre corrupção e foi preso pela Polícia Federal em Brasília, no apartamento funcional da mulher, a deputada Dulce Miranda (MDB). Ela não é investigada. Em Palmas, a PF cumpre um mandado de busca e apreensão na casa do ex-governador.

    A prisão preventiva de Miranda foi autorizada pela Justiça Federal do Tocantins. As investigações fazem parte da Operação Reis do Gado, que começou em 2016 e apura supostas fraudes em licitações e lavagem de dinheiro. Os prejuízos estimados são de mais de R$ 300 milhões.

    A defesa do ex-governador informou que "a princípio não há fatos que justifiquem o pedido de prisão", mas vai se posicionar somente após ter acesso à decisão.

    Segundo a PF, o objetivo da operação desta quinta é desarticular uma organização criminosa suspeita de prática constante de atos de corrupção, peculato, fraudes em licitações, desvios de recursos públicos, recebimento de vantagens indevidas, falsificação de documentos e lavagem de capitais. Ao todo, são 11 mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão preventiva.

    Agentes da PF entrando na casa do ex-governador Marcelo Miranda, em Palmas — Foto: Ana Paula Rehbein/TV Anhanguera
    Entenda

    Marcelo Miranda foi eleito governador do Tocantins três vezes, sendo cassado duas vezes. A última cassação foi por causa de um avião apreendido em Goiás com material de campanha e R$ 500 mil ligados a campanha do ex-governador em 2014.

    Ele também foi eleito senador da república, mas não pode assumir porque foi considerado inelegível. Marcelo Miranda também é alvo de diversas investigações das Polícias Federal e Civil.

    A principal delas é a Reis do Gado. O inquérito investiga um esquema de lavagem de dinheiro e fraudes em licitações públicas. Miranda chegou a ser conduzido coercitivamente para prestar depoimento no caso. Parentes dele foram indiciados, inclusive o pai, Brito Miranda.

    Em 2019, o ex-governador também foi indiciado pela Polícia Civil em um inquérito que apura a existência de servidores fantasmas no governo do Tocantins.

    Por Camila Bomfim e Patrício Reis, TV Globo e G1 TO



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