CAMPO GRANDE (MS),

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    02/08/2019

    Senador Nelsinho Trad ministra palestra em comemoração aos 120 anos da Capital

    Em evento da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sedesc), o parlamentar sul-mato-grossense falou sobre Campo Grande na Rota Bioceânica 

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    Em comemoração aos 120 anos de Campo Grande, o senador Nelsinho Trad ministrou palestra sobre Rota Bioceânica, na noite a última quinta-feira (01/08), no evento da Secretaria Municipal de /Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia (Sedesc). “Defendo esse projeto como prioridade no meu mandato, o corredor bioceânico vai encurtar 7.200 km marítimos de distância, será vantajoso para o Brasil e MS nas transações de agronegócios. É a conexão entre o Centro Oeste e o Paraguai, Argentina e Chile”, explicou o senador.

    De acordo com o palestrante, o Corredor Rodoviário Bioceânico irá gerar novas oportunidades econômicas para Mato Grosso do Sul. “Os produtos chilenos, argentinos e paraguaios passarão a ingressar no Brasil por Porto Murtinho, Corumbá e Ponta Porã. Ou seja, não será unicamente pelo Sul do Brasil, mas também pelo Centro-Oeste. Os produtos da região chegarão aos mercados mais distantes a preços mais competitivos”, enfatizou o senador Nelsinho Trad.
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    Na palestra, o parlamentar justificou que haverá redução de 60% nos custos, segundo ele, conforme a Empresa de Planejamento e Logística (EPL). “Quando estiver em operação (2 a 3 anos), será possível transportar uma carga de MS a Antofagasta em dois a três dias, e embarcar o produto com destino à Asia. Evita-se congestionamento dos portos de Santos e Paranaguá e passagem pelo Estreito de Magalhães (perigoso) ou Canal do Panamá (caro)”, demonstrou o senador em imagens de slides.

    O senador fez ainda a conta dessa economia. “A viagem entre Antofagasta e Xangai dura 35 dias, enquanto o deslocamento de Santos a Xangai consome 49 dias. Economizam-se 14 dias. O empresário de MS vai encontrar no Chile portos mais eficientes e menos congestionados do que no Brasil”, calculou.

    A frequência de navios do Porto de Antofagasta para a China será de três a quatro por semana, segundo explicação do senador.

    “Frete reduzido em relação aos portos brasileiros: de U$ 2.300 para U$ 1.520 por um contêiner de 20 pés”, exemplificou.

    A grande maioria das importações chilenas (60%) ingressa no Brasil pelos portos de Santos, Paranaguá e São Francisco do Sul. “Quando se destina a Campo Grande, essa mercadoria é transportada através de São Borja ou Uruguaiana (RS) por 4.516 km. Pela Rota Bioceânica, com mesma origem e destino, a distância será será reduzida quase pela metade = 2.396 km”.

    Assim, para o senador Nelsinho Trad, Mato Grosso do Sul terá avanço com destaque nacional. “Redistribuirá insumos e produtos para o Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Além disso, insumos importados poderão ser transformados em produtos finais no Estado, gerando novas oportunidades de negócios e empregos”, destacou.

    Logística eficiente

    A Rota Bioceânica não irá apenas oferecer alternativa mais eficiente e barata para o transporte de carga. O novo corredor vai representar mudança na logística nacional e regional. “Será possível utilizar o Porto Seco de Perico, no Norte da Argentina, ou o futuro Porto Seco de Campo Grande . Não seria mais necessário levar a carga para ser nacionalizada em Buenos Aires ou Santos, será a diversificação de processos de internacionalização das mercadorias, contornando gargalos atuais. Como por exemplo: levar a carga por rodovia até Salta e destiná-la a Buenos Aires por ferrovia; Explorar voos de carga que decolam de Salta/Jujuy para os Estados Unidos; Trazer carga do norte do Chile e redistribuí-la para o Norte do Brasil a partir de Campo Grande”, justificou o senador Nelsinho Trad.​

    ASSECOM



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