Adélio Bispo foi considerado inimputável por conta de doença mental, mas ele seguirá em tratamento no presídio federal da Capital
Preso, Adélio foi encaminhado para o presídio federal de Campo Grande, onde seguirá por mais três anos em tratamento. (Foto: Arquivo) |
A decisão respeita análise do próprio juiz de que Adélio é inimputável, por ser portador de transtorno delirante persistente, uma doença mental que o impede de ser condenado. A condição consta em pareceres médicos da defesa e dos peritos indicados pela acusação.
A permanência no Presídio Federal campo-grandense se dará até que seja verificada o fim de sua periculosidade, a ser atestada em três anos por meio de perícia médica.
Na decisão, o juiz destacou que, embora Adélio tenha tido uma conduta “típica e antijurídica”, não pode ser punida por não ser juridicamente reprovável, diante de doença mental que lhe suprimiu a capacidade de compreender o caráter ilícito do fato.
Adélio foi denunciado por "atentado pessoal por inconformismo público", como prevê a Lei de Segurança Nacional, com pena que chegaria a 20 anos se não fosse o transtorno.
O acusado atacou Bolsonaro durante caminhada no centro de Juiz de Fora, em 6 de setembro de 2018, durante ato de campanha. Ele foi preso na mesma tarde e, perante a Polícia Militar de Minas Gerais, confessou o ataque, sendo transferido a Campo Grande.
Aqui, ele chegou a pedir o retorno para Minas Gerais, alegando que o Presídio Federal foi construído com características da maçonaria e por isso o local está "impregnado de energia satânica".
Por: Humberto Marques