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Fora os R$ 33.763,00 de salário, os deputados federais ainda têm outros direitos, tais como: verba de gabinete de R$ 94.300,00; auxílio-paletó R$ 53.400,00; combustível R$ 5 mil; auxílio-moradia R$ 22 mil; passagens aéreas R$ 59 mil; auxílio saúde (gastos médicos, odontológicos, farmácia) valor ilimitado; auxílio-educação R$ 12.100,00; auxílio alimentação R$ 16.400,00 e auxílio cultural R4 13.400,00. Tudo isso que sai do bolso da população através dos impostos cobrados.
O fato é que colocando na ponta do lápis apenas os salários mensais, sabe-se que os brasileiros pagam todos os meses R$ 558,4 milhões para quitar os generosos vencimentos de um grupo seleto de 1.653 parlamentares – entre 81 senadores, 513 deputados federais e 1.059 estaduais. Isso em considerar salários de presidente, vice-presidente, ministros e demais cargos comissionados.
Levando em consideração a recessão econômica pela qual passa o Brasil, o alto índice de desemprego nacional que, hoje, atinge mais de 13 milhões de pessoas, e os inúmeros questionamentos em torno da Reforma da Previdência, fica evidente o cenário de desigualdade salarial que assola o nosso país quando o assunto é comparar os rendimentos de parlamentares com os dos trabalhadores assalariados.
E, a disparidade de valores não se limita ao âmbito nacional. Atualmente, a folha de pagamento do Congresso brasileiro é considerada a segunda mais cara do mundo. Uma pesquisa das Nações Unidas em parceria com a União Interparlamentar (UIP) revela que o Congresso americano, menor que o brasileiro, é o mais caro — custa mais de US$ 5,1 bilhões por ano. Entretanto, o Brasil aparece logo atrás, com um custo anual de cerca US$ 4,4 bilhões, segundo dados levantados pela própria UIP.
Por Aline Lira