O enfrentamento à doenças endêmicas como a Zika e dengue, cujo combate está na rede pública de Atenção Básica é uma grande preocupação do deputado Antônio Vaz (PRB-MS), presidente da comissão permanente de saúde da assembleia legislativa.
Durante a apresentação do relatório de gestão da secretaria de saúde, na audiência pública que aconteceu na última segunda-feira (27), o deputado manifestou preocupação com a capacidade da rede estadual para enfrentar o surto das doenças. “Estamos presenciando o agravamento da resposta do estado para enfrentar doenças que acontecem constantemente, como a dengue. Sabemos que todo o setor de saúde está enfrentando dificuldades para o custeio, mas precisamos ficar de olho na melhoria da gestão “, justificou Vaz.
Os números apresentados no relatório de gestão, referente aos últimos quatro meses mostram que foram liquidados cerca de 415 milhões e pagos 344 milhões, 27,37% pagamento de pessoal e encargos sociais, 26,24% repasse obrigatório para municípios. “Depois de pagar outras despesas sobrou apenas 0,38% para investimentos no setor, que é o que poderia fazer ampliar a rede de saúde” ressaltou Antônio Vaz.
A médica Cristine Gonçalves secretária adjunta da SES, respondeu às perguntas do deputado e falou do Plano Estadual de Saúde (PES), principal instrumento para metas e objetivos a serem alcançadas no período de 4 anos. “No último PES (2016-2019), a descentralização do setor, fortalecendo a rede nos municípios e a organização do atendimento na Atenção Básica, foram principais diretrizes definidas como metas. A prioridade com a Atenção Básica é nosso objetivo. É lá que estão as principais ações de combate e enfrentamento às doenças arbovirais (doenças causadas pelos chamados arbovírus, que incluem o vírus da dengue, zika, etc, e ainda transmitidos por artrópodes, ou seja, insetos e aracnídeos como aranhas) e neste sentido, o engajamento da população na prevenção é fundamental”, explicou a secretária.
Antônio Vaz também falou sobre o número de pacientes em fila de espera no estado para cirurgias eletivas, principalmente ortopédicas e neurológicas e falta de acesso a exames complementares.
ASSECOM