CAMPO GRANDE (MS),

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    20/05/2019

    8ª Black Friday será termômetro do papel que a promoção exerce na economia da fronteira

    Lançamento das vendas da 8ª Black Friday “Liquida Fronteira” foi realizado na ACEPP ©DIVULGAÇÃO
    O egoísmo, o imediatismo e a desonestidade são três conceitos que foram literalmente extirpados da proposta-alvo à qual se dispõe a 8ª Black Friday “Liquida Fronteira”, a maior promoção de vendas que integra os comércios das cidades-irmãs (Ponta Porã e Pedro Juan Caballero, programada para setembro próximo. 

    Pelo menos foi isso que ficou bem claro durante o lançamento do período de vendas dos pacotes para as potenciais lojas e empresas participantes da campanha do lado brasileiro da linha internacional. O encontro ocorreu na manhã desta segunda-feira (20) na sede da Associação Comercial e Empresarial de Ponta Porã (ACEPP). 

    Além da presidente, da secretária-executiva e do diretor financeiro da ACEPP, Fabricia Dias, Marilene Mattozo e Aparecido de Jesus, respectivamente, foram registradas as presenças do vice-presidente da Câmara de Indústria, Comércio e Serviços de Pedro Juan Caballero, Victor Hugo Barreto, do casal Kelly e Markon Machado, do site Lider News, da colunista social e diretora financeira do Jornal de Notícias, Izolina Machado de Oliveira, que se fez acompanhar de sua secretária, Cássia Cristina; dos comerciantes Eribelton Freitas, Celso Cabello e Júlio Rios, da proprietária da Wisi Up Inglês, Alessandra Yano e do publicitário Karib Nimer, da agência Lov&mkt, responsável pelo marketing da Black Friday em Pedro Juan. 

    CONCORDÂNCIAS 

    Entre os presentes, vários foram os denominadores comuns. Entre eles, o fato de que é preciso pensar de modo coletivo e não basear completamente o alvo em lucro imediato. 

    Primeiro, porque se cada um pensar só no próprio umbigo, certamente não será atingido o propósito do evento, que é o de liquidar estoques, atrair consumidores (locais e visitantes), oferecer produtos de qualidade por preços inferiores aos praticados durante os demais dias do ano, gerar empregos temporários (que podem se tornar definitivos), aumentar a renda dos colaboradores e movimentar o capital do empresariado, aquecendo a economia das duas cidades. 

    É preciso que cada um invista de alguma forma, sacrifique alguma margem de lucro, ofereça serviços ou produtos com valores especiais para favorecer o bem comum que é a fronteira. 

    Exemplo disso é a participação das empresas do ramo hoteleiro. Na primeira edição, em 2012, além da novidade, do fator surpresa, da empolgação natural de todos os setores da fronteira já que nunca havia sido feita uma promoção desse gênero e envergadura, os hotéis praticamente “fizeram fila” para aderir à promoção, que ofereceu resultados surpreendentes: aporte de mais de 120 mil turistas e uma movimentação em vendas da ordem dos US$ 80 milhões. 

    No segundo ano a participação foi mais tímida e depois, então, desapareceu, porque os hotéis se deram conta de que o turista vem, de qualquer forma, “para que é que eu vou oferecer descontos”. É justamente este o ponto. Se o turista receber “mais um incentivo” como descontos no ramo hoteleiro, ou nos bares e restaurantes, com certeza o resultado será melhor. Agora, o sujeito pode não ganhar tanto agora (perder não vai com certeza), mas, está aumentando seu leque de clientes. Numa nova oportunidade em que este mesmo consumidor retornar à fronteira, onde será que ele vai se hospedar, se foi bem atendido naquele hotel que, ainda, lhe deu descontos especiais? 

    FISCALIZAÇÃO 

    Na verdade, são casos pontuais e que têm sido cada vez mais raros. Mas, ainda há aquele comerciante “mais esperto” que maquiavelicamente aumenta seus preços um mês antes da promoção, para oferecer descontos “frios” durante a Black Friday. Há também aquele que não adquire os pacotes e se aproveita do movimento “do vizinho” que investiu e ele vai “de carona” sem investir coisa alguma. Hão falta sequer quem falsifique os banners e cartazes da promoção. Mas, tudo isso, como já foi dito, tem sido raro. Mesmo assim, estes procedimentos pouco ortodoxos serão rigorosamente fiscalizados, inclusive pelos consumidores. 

    MARKETING 

    Como o que se inicia agora é o período de vendas das entidades organizadoras para as lojas participantes, num contato mais “corpo a corpo”, não haverá investimento em mídia no momento, o que deve ser deflagrado a partir de agosto. 

    Todavia, mesmo que os alvos mais significativos sejam os consumidores de outras cidades, do Estado, fora dele e do Paraguai por inteiro, fazendo com que a mídia mais pesada realmente seja direcionada para estes mercados, o consumidor local também é visto com carinho e atenção, já que “tem muita gente que guarda dinheiro a ano todo para comprar uma TV nova ou outro produto qualquer, e deixa de comprar em agosto, para a aproveitar a Black Friday”. Por isso, obviamente haverá investimentos na mídia local. Serão mais tímidos do que o que possa vir a ser o ideal pelas empresas de jornalismo e comunicação, mas, como já foi reiterado no começo desta matéria, há de se pensar no coletivo. Além do que, se a ACEPP ou a Câmara de Comércio não investem tanto na mídia local como os profissionais de imprensa gostariam, as duas entidades criam eventos e oportunidades para que estas empresas que se dedicam e vivem da publicidade possam faturar junto aos estabelecimentos comerciais. Então, mãos à massa! (Edmondo Tazza – TEM/MS 1266) 

    ASSECOM 



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