CAMPO GRANDE (MS),

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    17/04/2019

    Deputados propõem PEC para proibir nomeação de autores de violência doméstica

    Londres Machado é um dos coautores do projeto, apresentado por Zé Teixeira ©DIVULGAÇÃO
    Para proibir que autores de violência contra a mulher, contra crianças e adolescentes e contra idosos sejam nomeados a cargos públicos, proposta, apresentada nesta quarta-feira (17), na sessão ordinária da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALMS), prevê mudança na Constituição do Estado. De autoria do deputado Zé Teixeira (DEM) e subscrito por mais oito parlamentares, o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) 02/2019 altera o parágrafo 9-A, do artigo 27, da Constituição.

    Conforme o texto atual, é vedada a “designação para função de confiança ou a nomeação para emprego ou para cargo efetivo ou em comissão de pessoa que esteja em situação de inelegibilidade em razão de condenação ou punição de qualquer natureza”. A nova redação acrescenta, nessa proibição, condenado “por crime praticado com violência doméstica e familiar contra a mulher, igualmente aquele condenado por praticar ou concorrer para a prática de crime contra a dignidade sexual de criança ou de adolescente e crime praticado contra o idoso".

    A matéria, que seguirá para análise da Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR), tem como coautores os deputados Londres Machado (PSD), Pedro Kemp (PT), Eduardo Rocha (MDB), Gerson Claro (PP), Coronel David (PSL), Herculano Borges (SD), Marçal Filho (PSDB) e Antônio Vaz (PRB).

    “Deve-se observar que o Brasil apresenta elevados índices de violência contra a mulher, bem como contra crianças, adolescentes e o idoso, sendo que o nosso Estado infelizmente não se afasta desta triste realidade”, afirma o deputado Zé Teixeira na justificativa do projeto.

    Para dimensionar essa situação, são mencionadas algumas estatísticas de violação de direitos, entre as quais está as ocorrências contra crianças e adolescentes. “Só em 2018, 439 crianças receberam atendimento médico no Estado após sofrerem crimes” de violência sexual, exemplifica o parlamentar.

    Por: Osvaldo Júnior



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