CAMPO GRANDE (MS),

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    13/02/2019

    Joice fala em 'puxadinho da Presidência' e critica filho de Bolsonaro

    Carlos Bolsonaro disse, nas redes sociais, que o ministro Gustavo Bebianno havia mentido ao dizer que conversou três vezes com seu pai

    ©Valter Campanato/Agência Brasil
    A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) criticou o vereador Carlos Bolsonaro (PSL-RJ) pelo ataque feito ao ministro Gustavo Bebianno (Secretaria-Geral da Presidência) nas redes sociais nesta quarta-feira (13).

    "Não pode se misturar as coisas. Filho de presidente é filho de presidente. Temos que tomar cuidado para não fazer puxadinho da Presidência da República dentro de casa para expor um membro do alto escalão do governo dessa forma", disse Joice.

    A investida contra Bebianno causou mal-estar entre parlamentares do PSL. Joice afirmou que as mensagens em que Carlos acusa o ministro de mentir sobre conversas com o presidente Jair Bolsonaro (PSL) provocam um desgaste desnecessário para o governo.

    "Quem pode fazer crítica pública é o próprio presidente da República. Esse caso expõe não só o ministro, mas também o governo do próprio presidente", declarou.

    Carlos afirmou em mensagem nas redes sociais que Bebianno mentiu ao dizer que havia conversado três vezes com Bolsonaro sobre o financiamento de candidaturas laranjas do PSL, revelado pela Folha de S.Paulo.

    "Ontem [terça-feira] estive 24h do dia ao lado do meu pai e afirmo: 'É uma mentira absoluta de Gustavo Bebbiano [sic] que ontem teria falado 3 vezes com Jair Bolsonaro para tratar do assunto citado pelo Globo e retransmitido pelo Antagonista'", escreveu o filho do presidente.

    A Folha de S.Paulo mostrou que, em conversas reservadas, Bolsonaro responsabilizou o ministro pela escalada da crise envolvendo a revelação de candidaturas laranjas bancadas pelo PSL. O partido era presidido por Bebianno no período eleitoral.

    A sigla destinou verbas milionárias do fundo partidário para candidatas com votações insignificantes a deputado federal pelo país. Além disso, elas justificaram os gastos com empresas suspeitas de serem fantasmas ou ligadas a dirigentes do PSL.

    Joice Hasselmann afirmou que Bebianno se dedicou "100% à eleição presidencial". Ela disse que dirigentes do partido negam irregularidades no financiamento de campanhas, mas repetiu que o então presidente não se dedicou às campanhas estaduais.

    "O Bebianno estava no estilo 'rainha da Inglaterra' como presidente do partido. Reina, mas não governa, porque estava focado na campanha presidencial", disse. A versão é a mesma levantada pelo ministro para se defender de suspeitas no caso. 

    NAOM-Com informações da Folhapress.



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