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Em encontro promovido pela Fiems na noite desta sexta-feira (14/09), no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS), entre representantes do setor produtivo de Mato Grosso do Sul e o candidato ao governador pelo MDB, Junior Mochi, o emedebista comprometeu-se a manter um diálogo permanente e analisar as propostas apresentadas na ocasião para fomentar a indústria, comércio, agropecuária e micro e pequenas empresas locais.
A iniciativa integra o “Encontros com a Produção”, iniciativa da Fiems, Fecomércio, Famasul, Faems e Sebrae/MS para colaborar com sugestões que possam auxiliar o próximo governador a desenvolver o Estado. O primeiro encontro contou com a presença do governador Reinaldo Azambuja, candidato à reeleição pelo PSDB, e foi realizado pela Fecomércio na Escola de Gastronomia do Senac e, em seguida, o juiz federal aposentado Odilon de Oliveira (PDT), que foi recebido na sede da Famasul.
Neste terceiro evento, as federações reforçaram a pauta comum do setor produtivo, apresentada a Junior Mochi pelo diretor-corporativo do Sistema Fiems, Cláudio Jacinto Alves. A pauta tem como foco a redução dos gastos e custeio da máquina pública para que sejam aplicados mais recursos em infraestrutura e outras áreas prioritárias, como a geração de emprego, saúde, educação e habitação.
Propostas dos setores
Além das sugestões apresentadas em conjunto pelas entidades, cada federação expôs medidas em separado para o candidato, voltadas especificamente para cada atividade. Anfitrião do evento, o presidente da Fiems, Sérgio Longen, colocou como uma das principais propostas a utilização de 30% do recém-criado Fadefe (Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Econômico e de Equilíbrio Fiscal do Estado) para fomentar Indústria do Turismo, assim como é feito com o Fundems (Fundo de Desenvolvimento das Culturas do Milho e da Soja). “A Famasul, por meio de um conselho e respeitando a legislação do recurso, faz a gestão do Fundems, então a Fiems poderia ser a gestora da Fiems, de maneira a explorar de fato o potencial do turismo do estado”, disse.
Representando a agropecuária, o presidente da Famasul, Mauricio Saito, apontou a segurança jurídica como uma importante demanda do setor. “Um dos grandes desafios do próximo governador é que ele dê segurança jurídica para o produtor rural atuar. Hoje temos 140 propriedades rurais invadidas no estado e, sem uma solução para esta questão, e uma política que impeça futuras invasões, de nada adianta prover tecnologia e qualificação”, pontuou.
O presidente da Fecomércio/MS, Edison Araújo, cobrou do candidato, que é presidente da Assembleia Legislativa, o andamento da discussão que prevê a redução das taxas cartorárias. “O próximo governador precisa apoiar iniciativas para redução dos custos cartoriais no tocante aos valores repassados para entidades do judiciário”, disse.
O Sebrae/MS e Faems, por meio dos dirigentes Cláudio Mendonça e Alfredo Zamlutti, enquanto representantes das micro e pequenas empresas do Estado, propuseram, entre outras medidas, a expansão da RedeSimples para os 79 municípios, além de mais investimentos em inovação e tecnologia voltada para os pequenos negócios.
Depois de ouvir as propostas, Junior Mochi comprometeu-se a analisá-las e apresentar um plano de Governo “pé no chão”. “É preciso, de fato, uma iniciativa para manter o equilíbrio das contas do estado, e entre gastos que precisam ser priorizados e podem ser reduzidos. E esta decisão, de quais gastos podem ser cortados, como a redução de secretarias, de contratos, precisa, necessariamente, passar por um consenso, mantendo o diálogo permanente e, ao mesmo tempo, com a coragem de dizer ‘não’ quando for preciso”, finalizou.
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