CAMPO GRANDE (MS),

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    10/07/2018

    BATAGUASSU| Projeto Florestinha será implantado no município com recursos de ação trabalhista

    ©Divulgação
    O Projeto Florestinha, trabalho social e ambiental desenvolvido com crianças e adolescentes carentes pela Polícia Militar Ambiental, será implantado no distrito Nova Porto XV, em Bataguassu. A sede própria do projeto será construída no terreno ao lado da PMA com recursos liberados pela Justiça do Trabalho.

    “Será construído um prédio com aproximadamente 360m². Teremos salas de aula, de informática, cozinha, banheiros com acessibilidade e toda a estrutura que é necessária para desenvolver o Projeto Florestinha que é a menina dos olhos da Polícia Militar Ambiental”, afirma o 1º sargento da PMA, Antonio Roberto dos Santos Pereira, que é o encarregado administrativo do 5º Pelotão da PMA de Bataguassu.
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    O Projeto Florestinha atende crianças e adolescentes de 7 a 16 anos em situação de vulnerabilidade, dando-lhes a chance de ter uma profissão e ensinando-lhes a serem cidadãos com sensibilidade ambiental. Além das aulas de reforço no contraturno da escola, eles recebem noções de educação ambiental e disciplina militar.

    Atualmente, 570 alunos participam do Projeto Florestinha nas cidades de Campo Grande, Dourados, Três Lagoas, Costa Rica, Aquidauana, Anastácio, Jardim e Guia Lopes da Laguna. Em Bataguassu, cerca de 50 crianças do distrito de Nova Porto XV devem ser atendidas. As atividades estão previstas para iniciar em fevereiro do ano que vem.

    A obra está avaliada em R$ 322.510,00. O recurso será destinado pelo Juiz Titular da Vara do Trabalho de Bataguassu, Antonio Arraes Branco Avelino. O valor é proveniente de um acordo fechado em uma ação civil pública movida após um acidente que matou quatro trabalhadores no frigorígico Marfrig, em 2012. O juiz explica que a instituição beneficiada apresenta pelo menos três orçamentos de compra de materiais e serviços antes de liberar o dinheiro. O repasse também é acompanhado pelo Ministério Público do Trabalho. 

    Infraestrutura de ponta

    Esta será a terceira vez que a Polícia Militar Ambiental de Bataguassu receberá recursos trabalhistas. Em 2015, o batalhão ganhou R$ 90 mil para a compra de um barco e uma lancha com motor que são utilizados em resgates e operações no Rio Paraná e Pardo e quase R$ 20 mil para reformar a viatura. 

    “Seria impossível adquirirmos esses equipamentos sem a destinação da Vara do Trabalho de Bataguassu. Para você ter uma ideia, essa lancha é a melhor do Estado”, esclarece o sargento Roberto que ainda afirma que a nova embarcação garante mais segurança para os militares. “Forma muita onda em época de vento por conta da extensão e da grande área aberta. Essas marolas tornam a navegação muito perigosa para as embarcações menores. Inclusive, há cerca de cinco anos, morreu um sargento. A embarcação virou, um militar conseguiu nadar e o outro não. O corpo foi encontrado depois de três dias. Hoje, com essa embarcação grande, o risco é muito menor”.

    O militar explica que o batalhão é responsável pelo policiamento ambiental de uma área extensa que compreende os municípios de Ribas do Rio Pardo, Anaurilândia, Brasilândia, Bataguassu e Santa Rita do Pardo. “Nós recebemos muitas denúncias de crimes ambientais, principalmente, de pesca predatória. No Rio Paraná é permitido o uso de rede pelos pescadores profissionais, mas desde que dentro das medidas estipuladas. Já no Rio Pardo é proibido o uso de redes e tarrafa e, normalmente, o pessoal descumpre essas legislações. Outras infrações comuns são pescar sem licença, peixe fora da medida e pescado em época de piracema”, alerta o sargento.

    Reforma do batalhão

    No ano passado, o pelotão da PMA de Bataguassu foi reformado com recursos destinados pela Justiça do Trabalho. A obra custou R$ 28.909,14. Foram consertados problemas estruturais e rachaduras, a fachada foi revitalizada, o prédio recebeu pintura interna, além de uma garagem, varanda e jardinagem. 
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    ASSECOM/TRT


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