Em Audiência Pública sobre a telefonia na área rural, realizada na segunda-feira (12), na Assembleia Legislativa, sob a coordenação do deputado João Grandão e dos deputados federais Zeca do PT e Vander Loubet, foi apresentado caminhos para garantir o acesso à comunicação em áreas afastadas da zona urbana.
São mais de 75 mil famílias sem acesso à telefonia móvel em Mato Grosso do Sul, o que gera consequência bem maiores, como a falta de acesso a serviços emergências em casos de saúde, destacou João Grandão: “Sem telefone não consegue chamar um atendimento médico em caso de emergência. Nosso objetivo é abrir a discussão para que as áreas rurais que estão desatendidas possam ser contempladas. Quando estamos a 30 km de Campo Grande já encontramos falta de sinal e não se consegue utilizar o celular”.
Durante a discussão foram apresentadas soluções para o problema, uma delas é para que sejam instaladas 200 torres na zona rural de Mato Grosso do Sul, um investimento de aproximadamente R$ 60 milhões que podem ser custeados com recursos do governo federal.
Ao fim da discussão, os deputados apresentaram uma proposta para que o governo faça um estudo de inclusão digital e crie um fundo para a compra de antenas de telefonia móvel a serem implantadas nas áreas rurais, assentamentos da Reforma Agrária, aldeias indígenas e comunidades quilombolas. Também foi deliberada a criação de um grupo de trabalho com atuação da Casa de Leis, Câmara dos Deputados e demais lideranças políticas para acompanhar o progresso dos investimentos no setor.
A Audiência Pública contou com a participação de municípios de Mato Grosso do Sul, representantes das operadoras telefônicas e o gerente de universalização e ampliação do acesso da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Eduardo Marques da Costa Jacomassi.
O encontro é resultado de uma série de reivindicações, principalmente de assentamentos que não tem acesso à comunicação. São os casos de Sidrolândia, Nioaque, Bandeirantes, Jaraguari Itaquiraí, Eldorado, Assentamento Itamarati, no município de Ponta Porã, entre outros municípios.
Fonte: ASSECOM

