CAMPO GRANDE (MS),

  • LEIA TAMBÉM

    08/03/2018

    Deputada Mara Caseiro defende formação política feminina e mudanças nas cotas de representação

    © Divulgação/ALMS 
    O percentual de parlamentares eleitas no País nas últimas eleições revela que a equidade de gênero na política está longe de ser alcançada. No dia Internacional da Mulher, comemorado nesta quinta-feira (8/3), a deputada estadual Mara Caseiro (PSDB) destacou a importância da Lei de Cotas, no entanto, defendeu a formação política feminina para que as mulheres ocupem um maior número nos cargos políticos.

    “Embora seja a nona economia do mundo, o Brasil perde no requisito representatividade da mulher no Parlamento. Considerando o ranking mundial, amargamos a 158ª posição. Mato Grosso do Sul conta somente com uma deputada federal, uma senadora, três deputadas estaduais, a vice-governadora, oito prefeitas, 16 vices-prefeitas e 113 vereadoras. Isso é pouco”, relatou. 

    Segundo dados do Tribunal de Justiça Eleitoral (TSE), as mulheres já representam a maior parte do eleitorado em todos os estados brasileiros, ultrapassando em 6,4 milhões a quantidade de eleitores homens. “Mas a política não pode ser resumida ao exercício do voto. As cotas são instrumentos importantes, porém é necessário que a legislação incentive o movimento participativo. A obrigatoriedade de 30% de mulheres em cada partido ou coligação vale apenas no registro da candidatura, mas boa parte das candidatas abandona o pleito. Como os órgãos julgadores entendem que este fenômeno não é de responsabilidade dos partidos, não existem punições e a lei não é cumprida de fato”, afirmou.

    Mara pontuou o machismo como um dos fatores que inibe a presença significativa em termos numéricos. Uma solução defendida pela parlamentar é a formação política feminina. “Resultado de um senso sexista, precisamos nos esforçar mais para ganhar destaque na atividade parlamentar. Por isso, a formação política é essencial para que sejam obtidos maiores números de cargos políticos, garantindo assim que nossas vozes sejam escutadas”.

    A deputada ressaltou a importância na transformação das leis para cotas de representação. “No momento do preenchimento das cadeiras que cada partido conquistou, haveria duas listas de votação nominal, uma de homens e outra de mulheres, sendo eleitos alternadamente até completar o percentual mínimo de preenchimento de vagas do gênero com menos eleitos. Esta é a proposição de Françolin e Joelson Dias, coautores do artigo Participação Política das Mulheres no Brasil: das Cotas de Candidatura à Efetiva Paridade na Representação”, explicou Mara.

    Fonte: ASSECOM
    Por: Heloíse Gimenes


    Imprimir