CAMPO GRANDE (MS),

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    24/01/2018

    ARTIGO| Inclusão já é uma realidade, mas pode-se ir além

    Por: Fabiane Esperança Rocha*
    “Em meados de 1989,quando estudava a 6ªsérie em uma escola de Campo Grande, na época estava com 13 anos e sempre estudei em escola de ensino regular , então colegas psicólogos me chamaram para realizar alguns testes e infelizmente chegaram a uma conclusão equivocada que eu deveria ir para uma escola especial, chamaram meus pais para comunicá-los da sua decisão ,mas não acataram com a sugestão ,então dei continuidade ao meus estudos nas escolas normais e foi assim até a faculdade superando todas as dificuldades e preconceitos com garra.”

    Comecei com um trecho da minha história para fazer um paralelo da inclusão escolar nos anos anteriores quando a inclusão era considerada uma utopia e hoje é considerada uma realidade ainda não muito aceita por falta de recursos e preparo da maioria dos profissionais devido à falta de investimentos do governo e também por receios dos mesmos em não se sentir preparados e seguros para ensinar e atender seus alunos com algum grau de deficiência e também podemos mencionar o baixo salário da categoria ,principalmente das escolas municipais e estaduais porque são as que têm maior número de alunos com deficiência.

    Existe também a falta de acessibilidade devido a não adaptação de prédios, sem querer generalizar, pois algumas escolas no Estado já estão adaptadas, mas precisamos continuar na luta para que as outras também sejam adaptadas para os alunos e acontece que pais são obrigados a recorrer à justiça para garantir o direito de ter um monitor que acompanhe seu filho na escola.

    Temos que nos ater também para as escolas particulares que insistem em cobrar a mais pelas matrículas quando os pais matriculam seus filhos, isso sem saber se seu filho vai ser aceito e se terá todo o suporte necessário para se desenvolver dentro dos seus limites.

    Hoje, podemos ver que evoluímos e houve uma discreta mudança de pensamento e de paradigmas a respeito da inclusão, mas vai haver um momento em que a sociedade em geral não como escapar a não ser aceitar a importância, urgência, obrigatoriedade e a extrema necessidade de inclusão, não apenas na escola, mas principalmente no mercado de trabalho, onde a resistência em incluir é ainda mais grave que nas escolas, onde enxergam mais a deficiência e não a capacidade.

    “A inclusão depende de todos nós. Inclua que dói menos” Fabiane




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