CAMPO GRANDE (MS),

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    09/12/2017

    PSDB elege Geraldo Alckmin presidente nacional do partido com 470 votos a 3

    Governador de São Paulo foi eleito durante convenção nacional em Brasília. Governador de Goiás, Marconi Perillo, será o primeiro vice-presidente; deputado Ricardo Tripoli, o segundo vice.

    © Alexandre Carvalho/A2img/Fotos Públicas
    O PSDB elegeu neste sábado (9), durante convenção nacional em Brasília, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, como presidente do partido pelos próximos dois anos.

    A chapa encabeçada por Alckmin recebeu 470 votos a favor, 3 contra, e houve uma abstenção. O primeiro vice-presidente do partido será o governador de Goiás, Marconi Perillo; o segundo vice, o deputado Ricardo Tripoli (SP), líder da bancada do partido na Câmara.

    Alckmin chegou à presidência do PSDB como uma tentativa de unificar o partido. Nas negociações que antecederam a convenção, o senador Tasso Jereissati (CE) e o governador Goiás, Marconi Perillo, desistiram de suas candidaturas à presidência da legenda.

    Somente em 2017, quatro tucanos terão passado pelo comando do partido. Em maio, o senador Aécio Neves (MG) se licenciou da presidência do PSDB após a divulgação de gravação na qual ele pede R$ 2 milhões ao executivo da JBS, Joesley Batista -- neste sábado, o senador foi vaiado por parte da militância ao chegar à convenção do PSDB.

    O senador Tasso Jereissati (CE) ficou na presidência interina da sigla até o início de novembro, quando foi destituído por Aécio. Também provisoriamente, Alberto Goldman assumiu o cargo até a convenção nacional.

    Nos últimos meses, o PSDB, que integrou o governo Michel Temer com quatro ministérios, iniciou um movimento de afastamento. Em novembro, o deputado Bruno Araújo (PE) já havia deixado o comando do Ministério das Cidades. Nesta sexta-feira (8), o deputado Antonio Imbassahy (BA) pediu demissão da Secretaria de Governo.

    Apesar das indefinições em relação à participação no governo Michel Temer, a convenção não deliberou oficialmente sobre a saída do governo.

    Ao chegar à convenção, na manhã deste sábado, o até então presidente interino do partido, Alberto Goldman, cobrou a saída de Luislinda Valois da pasta dos Direitos Humanos. O senador Aloysio Nunes Ferreira disse que permanecerá como ministro das Relações Exteriores.

    Nos discursos, lideranças tucanas trataram Alckmin como futuro candidato do partido a presidente da República.

    "Eu venci o Lula duas vezes. Prefiro combate-lo na urna a vê-lo na cadeia", afirmou o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

    O prefeito de São Paulo, João Dória, manifestou apoio "incondicional" à eventual candidatura Alckmin. “Quero reafirmar o meu apoio incondicional a Geraldo Alckmin não só como presidente do partido, mas também juntos termos a liderança de Geraldo Alckmin para caminhar para a Presidência do Brasil”, afirmou.

    Tumulto

    Durante o discurso do senador Tasso Jereissati (CE), um tumulto tomou conta da área central do auditório da convenção. Segundo relatos dos participantes, um grupo apoiador do deputado Izalci Lucas (DF) entrou em confronto com pessoas que gritavam “fora, Izalci”.

    Militantes trocaram agressões e jogaram cadeiras de metal uns nos outros, o que gerou correria no local. A briga foi apartada por seguranças e também por militantes.

    Previdência

    A convenção também não discutiu um possível fechamento de questão em apoio à reforma da Previdência, que o governo Temer tenta aprovar na Câmara antes do recesso legislativo do final do ano.

    O fechamento de questão é uma decisão tomada pela executiva nacional do partido, grupo que será definido neste sábado.

    Por Laís Lis e Bernardo Caram, G1, Brasília


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