CAMPO GRANDE (MS),

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    16/12/2017

    Processo envolvendo filho de desembargadora de MS é desmembrado

    Funcionário e namorada flagrados com ele em Três Lagoas (MS), em abril deste ano, foram condenados, mas defesa vai recorrer para responderem em liberdade.

    Breno responde aos mesmos crimes em processo separado e ainda não foi julgado (Foto: Reprodução/TV Morena)
    O processo sobre tráfico de drogas, porte de munição e associação criminosa do empresário Breno Fernando Solon Borges, filho da desembargadora e presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul (TRE-MS) Tânia Garcia Lopes, foi desmembrado.

    Até o fechamento desta matéria não conseguimos  contato com a defesa do empresário.

    O funcionário do empresário, Cleiton Jean Sanches Chaves, e a namorada de Breno, Isabela Lima Vilalva, no entanto, foram condenados por tráfico de drogas e porte de munição por causa do flagrante de 129 quilos de maconha e 270 munições, no dia 8 de abril deste ano, que motivou a prisão de todos em Três Lagoas.

    No entanto, a magistrada entendeu que não houve associação criminosa. “Porque não houve intuito duradouro”, disse a defesa sobre a decisão. Cleiton foi condenado a 8 anos e dois meses e Isabela a sete anos, cinco meses e cinco dias.

    Segundo o advogado Paulo Belarmino de Paula Júnior, que defende os dois condenados, na próxima segunda-feira (18) será dada entrada no pedido de habeas corpus para que recorram em liberdade.

    “A pena dela se encaixa em regime semiaberto, mas a juíza decidiu direto no fechado”, disse. No dia do flagrante Isabela tinha sido liberada, mas depois foi decretada a prisão preventiva.

    Caso Breno

    No caso de Breno, como foi pedido a perícia de insanidade mental, o processo foi desmembrado. Mas de acordo com Belarmino, o empresário também vai responder pelos mesmos crimes, além de porte ilegal de arma.

    O processo chegou a ser suspenso para aguardar a realização dos laudos. Conforme a movimentação processual, a avaliação psiquiátrica de Breno ficou pronta e a curadora dele, a própria mãe, se manifestou. A próxima fase é a conclusão da juíza sobre a opinião médica.

    Durante esse intervalo, o empresário chegou a ficar internado em uma clínica em Atibaia, interior de São Paulo, por quatro meses. Por causa de um processo da Polícia Federal, resultado da Operação Cérberus, o filho da desembargadora voltou ao presídio na região leste do estado.

    A substituição da prisão pela internação ocasionou a abertura de investigação no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que vai apurar as circunstâncias da concessão do habeas corpus ao Breno.

    Por Juliene Katayama, G1 MS


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