CAMPO GRANDE (MS),

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    28/11/2017

    Nando é condenado por tráfico de drogas e exploração sexual

    Ele já tem uma condenação por atentado violento ao pudor e responde por 12 homicídios

    Nando conversa com investigadores em local onde enterrava corpos © Valdenir Rezende
    Luiz Alves Martins Filho, 50 anos, o "Nando", que ficou conhecido como serial killer do bairro Danúbio Azul, foi condenado a 29 anos, 10 meses e 10 dias de reclusão, pelos crimes de tráfico de drogas e favorecimento da prostituição/ exploração sexual de criança ou adolescente. Os crimes teriam começado a ser praticados em 2010.

    Conforme a denúncia, Nando organizava e participava de orgias regadas a drogas, especialmente pasta base de cocaína, com adolescentes viciados ou usuários de entorpecentes. Na maioria das vezes, ele ia de carro ao encalço dos jovens, e oferecia drogas em troca dos programas sexuais. Ainda segundo o Ministério Público, o réu agia com o auxílio de outros seis denunciados, e juntos teriam feito 10 vítimas.

    Na decisão, o juiz Marcelo Ivo de Oliveira, titular da 7ª Vara Criminal de Campo Grande, entendeu que, embora o acusado tenha negado a autoria de todos os crimes, após minuciosa instrução processual, com o depoimento de mais de 20 pessoas, entre vítimas, testemunhas e acusados, não restaram dúvidas da autoria. 

    "No caso, restou demonstrado que o acusado, por inúmeras vezes, fornecia substância entorpecente como pagamento dos favores sexuais com as vítimas da exploração sexual, bem como também vendia substância entorpecente aos diversos usuários da região”, concluiu.

    Quanto aos outros acusados e ao crime de associação criminosa, Marcelo Ivo afirmou que não haver elementos suficientes para ensejar uma condenação, pois não foi encontrado o vínculo associativo estável ou permanente entre os envolvidos, nem a formação de um grupo para fomento do tráfico, necessários para a configuração do crime.

    “Não restam dúvidas que o acusado teve participação central no delito de exploração sexual, sendo o seu principal executor, mas não verifico que os acusados tenham se unido e se estruturado para praticarem os crimes”, expôs o juiz, ao absolvê-los desta acusação.

    Pela exploração sexual, que se deu de forma continuada com cada vítima, o réu foi condenado a 19 anos, 10 meses e 10 dias de reclusão, que, somados à pena aplicada pelo crime de tráfico de drogas, totalizaram os quase 30 anos de condenação. Os nomes das vítimas não foram divulgados.

    Nando já tem uma condenação por atentado violento ao pudor e ainda responde outros processos criminais nas varas do Tribunal do Júri, onde é acusado de pelo menos 13 homicídios, destruição e ocultação de cadáveres e porte ilegal de armas.

    Fonte: CE
    Por: LUANA RODRIGUES


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