CAMPO GRANDE (MS),

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    14/11/2017

    João Amorim é levado para a PF para depoimento e tem casa vistoriada

    Duas equipes da Polícia Federal cumpriram mandados de busca e apreensão na casa do empresário nesta manhã

    Policiais federais deixaram a casa de Amorim com um malote nas mãos (Foto: Geisy Garnes)
    O empresário e dono da Proteco, João Amorim, foi conduzido coercitivamente para a sede da Polícia Federal na manhã desta terça-feira (14), durante a quinta fase da operação Lama Asfáltica, batizada de Papiros de Lama. Equipes da PF estiveram na casa do investigado nesta manhã e chegaram a chamar um chaveiro para abrir um cofre no local.

    Duas equipes da Polícia Federal cumpriram mandado de busca e apreensão desde as primeiras horas do dia na casa do empresário. Durante a vistoria, um chaveiro precisou ser chamado para abrir um cofre encontrado na residência de Amorim. Depois de uma hora no local, o chaveiro foi embora, afirmando que o compartimento estava vazio.

    Os policiais deixaram a casa de Amorim, localizada na Rua José Mariano, minutos depois, com um malote nas mãos e sem falar com a imprensa. Enquanto os federais deixavam a casa pela porta da frente, um Hyundai I30 preto deixou o imóvel pela rua lateral, Antônio Oliveira Lima.

    Amorim chegou a sede da PF por volta das 10 horas e deve prestar depoimento nesta tarde. Desde que a investigação foi iniciada, em 2015, a Polícia Federal, Receita Federal e CGU (Controladoria-Geral da União) investigam o empreiteiro, que foi preso em pelo menos duas fases da operação.

    Na primeira ação da força-tarefa, em julho de 2015, a investigação apontou que João Amorim seria o chefe da organização, especializada em desviar recursos públicos, inclusive federais.

    A quinta fase da operação cumpriu dois mandados de prisão preventiva, um deles contra o ex-governador André Puccinelli (PMDB), 24 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de valores nas contas bancárias de pessoas físicas e empresas investigadas. Duas prisões preventivas também foram registradas.

    A investigação revelou uso de documentos falsos para justificar a continuidade de contratos. Também foi descoberta a aquisição de ilícita e irregular de produtos e obras, concessão de créditos tributários direcionados, "tudo com a participação de servidores públicos".

    A investigação aponta R$ 235 milhões, levando-se em consideração as fraudes e as propinas pagas a integrantes da organização criminosa.

    Fonte: campograndenews
    por: Geisy Garnes


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