CAMPO GRANDE (MS),

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    20/10/2017

    TRÊS LAGOAS| SAMU já atendeu a mais de cinco mil ocorrências neste ano

    Nos nove anos de instalação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o total de atendimentos passou de 110 mil 

    © Divulgação
    Nos relatórios do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Três Lagoas, chamam à atenção os elevados números de ocorrências atendidas pelas equipes plantonistas.

    De janeiro a setembro, o número de atendimentos já passou dos cinco mil e, desde que foi instalado este serviço da Saúde, no dia 29 de junho de 2008, há mais de nove anos, as equipes do SAMU atenderam a mais de 110 mil ocorrências, o equivalente a mais de 12, 2 mil por ano.

    Infelizmente e apesar de repetidas campanhas educativas, o número de trotes, que prejudicam o atendimento à população, ainda continua elevado. De janeiro a setembro deste ano, o número de trotes foi de 2.882, o equivalente a mais de 320 trotes por mês.

    Graças à experiência e capacitação das equipes do SAMU, desse total elevado de trotes, apenas um foi consumado, o que levou a equipe a se deslocar em vão para atendimento de ocorrência falsa.
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    Segundo levantamentos do SAMU, a grande maioria dos trotes, mais de 90%, é feita por crianças e adolescentes e nos intervalos do período escolar, no horário do recreio. Em seguida, estão pessoas solitárias, que usam o trote como meio de conversar com alguém, e, por fim, os trotes mais difíceis de “desmascarar e abortar a ocorrência” são feitos por pessoas de má fé, que usam técnicas de “conversa” para tentar enganar o pessoal do SAMU.

    O que também vem prejudicando a qualidade dos serviços é o que a equipe denomina como “Ocorrência QTA” – código de comunicação via rádio, que significa mensagem de ocorrência anulada, abortada.
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    No SAMU as equipes são acionadas via Rádio pela Central de Regulação Médica para receber informações sobre atendimento a ser prestado à vítima. Por sua vez, usando os mesmos códigos de comunicação, a equipe informa à base a chegada ao local do atendimento, para onde será encaminhado o paciente, fim do atendimento e retorno à base.

    Nos casos de ocorrências “QTA”, a equipe chega ao local e não encontra a vítima, que foi socorrida por outras formas e ninguém se dá ao trabalho de avisar ao SAMU. Nesses casos, o deslocamento da equipe é em vão.

    EQUIPE PLANTONISTA

    O SAMU de Três Lagoas é constituído por uma equipe multiprofissional, que há mais de nove anos, dia e noite, sem interrupções e em regime de plantão, vem trabalhando em prol da população de Três Lagoas, com um único e concentrado objetivo: salvar vidas.

    Para o público, quando da necessidade de algum procedimento administrativo, ou seja, cópia de documentos ou outros serviços, o expediente do SAMu segue o horário das demais repartições públicas municipais da Prefeitura de Três Lagoas, ou seja, de segunda-feira a sexta-feira, das 7h às 11h e das 13h às 17h.

    Além do coordenador geral, coordenador médico e um responsável técnico de enfermagem, cada equipe plantonista é constituída por dois médicos (um regulador e um intervencionista), dois administrativos, dois enfermeiros ou enfermeiras, dois técnicos ou técnicas de enfermagem, dois rádio operadores, dois técnicos atendentes de regulação médica e três condutores socorristas.

    O tempo, cronometrado a partir da comunicação (chamado) até à entrega do paciente no local de atendimento (Pronto Socorro do Hospital ou UPA) é um dos principais fatores que influenciam a qualidade e eficiência do trabalho das equipes do SAMU.

    Em 2016, o tempo médio de atendimento do SAMU foi de 9 minutos em média. Neste ano, o tempo médio de espera da chegada da equipe até o local da ocorrência caiu para 8 minutos.

    “Nossa meta é sempre reduzir esse tempo, porque é essencial para salvar vidas”, observou o coordenador geral do SAMU. André Dourado.

    “Por isso, estamos continuamente nos aprimorando, desenvolvendo e treinando ações, técnicas e procedimentos, através de capacitações periódicas para agilizarmos sempre mais o atendimento”, ressaltou.

    MODELOS DE AMBULÂNCIAS

    Para melhorar o atendimento à população, as equipes do SAMU contam com cinco viaturas (ambulâncias), sendo três em operação e duas de reserva e em condições de operacionalidade.

    São dois tipos de ambulância, cada uma com pessoal e equipamentos condizentes com a gravidade da ocorrência a ser atendida. Para tanto, a equipe do SAMU possui a ambulância de Unidade de Saúde Avançada (USA) e a de Unidade de Saúde Básica (USB) para atendimento aos mais variados tipos de ocorrências.

    A reconhecida eficiência do SAMU não está apenas nas caracterizadas viaturas (ambulâncias) que trafegam diariamente e a toda a hora pelas ruas e avenidas da nossa Cidade para atendimento à população, com o principal objetivo de salvar vidas, “mas é também resultado de uma dedicada e eficiente equipe multiprofissional, devidamente preparada e que passa por constantes e periódicos cursos de capacitação”, ressaltou André Dourado.

    ROTAS OFICIAIS DO SAMU

    A partir do contato do comunicante da ocorrência com os técnicos de regulação que atendem pelo telefone 192, é desenvolvida uma série de procedimentos que obedecem a determinados padrões, característicos do SAMU de todo o Brasil.

    Entre os procedimentos, estão as rotas oficiais de trafegabilidade das viaturas do SAMU, definidas pelo Decreto nº 231, de 3 de outubro de 2017.

    “Essas rotas, a que se refere o Decreto, são referentes ao percurso que a viatura do SAMU é obrigada a percorrer, quando retorna à base, no final da ocorrência, de volta do Auxiliadora ou da UPA”, explicou André Dourado.

    No atendimento, a partir das informações do comunicante, “procuramos saber todas as informações possíveis de pontos de referência, vias mais importantes e mais conhecidas, mais próximas do local da ocorrência, para agilizarmos, ao máximo, o atendimento”, explicou o coordenador do SAMU.

    Por isso, o contato com os rádio operadores é muito importante. “São eles que anotam endereço, nome das pessoas, telefone e demais informações básicas para mobilização da equipe e procedimentos iniciais e, se for necessário, entra também em ação o médico regulador, já por telefone, para orientar as pessoas que estejam por ali e que podem ser essenciais na preservação da vida das vítimas”, como explicou Carlos Antônio, servidor administrativo do SAMU.

    “O estabelecimento de rotas das viaturas, por meio de Decreto, além da transparência dos serviços que são prestados à população, dá segurança legal aos servidores e a quem tem a função de fiscalizar”, comentou Carlos Antônio.

    Como explicou o servidor administrativo do SAMU, o Decreto também prevê alternativas de rota, “a critério do condutor socorrista, desde que informe à base os motivos da mudança de percurso e as alternativas escolhidas”.

    QUANDO CHAMAR O SAMU

    Muitas pessoas ainda pensam que o SAMU atende somente vítimas de acidentes de trânsito, o que não é verdade.

    As equipes do SAMU estão de plantão 24 horas para prestar socorro imediato à população em casos de emergência em qualquer lugar em que a ocorrência acontecer, nas residências, locais de trabalho e vias públicas.

    Cabe chamar a equipe do SAMU nas ocorrências de problemas cardiorrespiratórios, intoxicações, queimaduras graves, ocorrências de lesões e maus tratos, crises hipertensivas, choques elétricos, acidentes de trânsito com vítimas, acidentes com produtos perigosos, em trabalho de parto quando a mãe ou a criança estejam em situações de perigo de vida, surtos psiquiátricos e outros transtornos mentais.

    Não cabe às equipes do SAMU a remoção de pacientes de casa para o Hospital ou qualquer outra unidade de Saúde e vice-versa.

    Fonte: ASSECOM


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