CAMPO GRANDE (MS),

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    18/09/2017

    OPINIÃO| Existem partidos políticos de direita no Brasil?

    Hegemonia da esquerda é evidente no panorama político nacional

    Regime militar instituiu o bipartidarismo, período nos quais ARENA e MDB foram as legendas políticas correspondentes.    
    A esquerda brasileira reestruturou-se desde o fim do regime militar, e desde então, redefiniu a história do país, passando a chamar de “ditadura” um período que na verdade foi uma democracia não-liberal. Este insólito e sinistro revisionismo histórico tinha como objetivo passar uma imagem obscura e nefasta do período militar, de rígida e asfixiante opressão governamental, que buscava, em síntese – como ainda busca –, ocultar a verdade; a saber, que o regime militar lutou contra a ALN – Aliança Libertadora Nacional –, liderada pelo terrorista comunista Carlos Marighella, grupo que tinha a intenção de instaurar uma ditadura comunista no Brasil. Neste processo de reconstrução histórica e política, a esquerda organizou-se de maneira consistente, inteligente e sistemática, e, por conseguinte, o Brasil tornou-se um átrio monocromático de hegemonia socialista tão profundamente arraigada às bases estruturais, sociais, econômicas, civilizacionais e educacionais da nação, que não ser de esquerda é quase como cometer um crime de lesa-pátria. Isso é evidenciado pelo fato de que prolifera pelo país inteiro uma enorme quantidade de partidos políticos de esquerda, centro-esquerda e extrema esquerda, ao passo que não temos um único partido verdadeiramente conservador no Brasil, tampouco liberal. E a massa esquerdista de nosso país, em toda a sua recôndita cegueira, ainda têm a pachorra de enxergar-se como oposição, quando na verdade ela é o establishment: o alicerce, a estrutura, o lugar-comum, o status quo.


    PT, PSB, PSDB, PSOL, PCdoB, PDT, PPS, PROS, PCO, PSTU, PPL e PMB, entre muitos outros, são partidos que não apenas reiteram a hegemônica política esquerdista, como auferem ao país um status de refém do estado, posicionando-se de forma servil a um permissivo subdesenvolvimento, que permite à classe política acomodar-se a uma confortável gestão de comodidade e condescendência, que explora a sociedade brasileira através de uma brutal, cínica e dilacerante ditadura tributária, para sustentar um governo caro, putrefato e ineficiente. Partidos de esquerda lutam basicamente para manter a sociedade como refém do estado, por mais improdutivo que isso pareça. Um estado gigantesco sempre será burocrático, letárgico, apático e ineficiente, sendo completamente desabilitado para atender os interesses da população. 

    É verdade que temos no Brasil uma direita que, ao contrário dos partidos de esquerda, não está nos holofotes, mas procura trabalhar para ganhar espaço, em meio a uma sociedade expressivamente esquerdizada, estatizada e paralítica, que pouco entende de capitalismo. Sem discernir uma fronteira clara entre capitalismo de estado e capitalismo de mercado – condenando apenas o segundo, aquele que gera empregos e realmente é eficaz em retirar os pobres da pobreza –, o Brasil hoje é um país repleto de socialistas chiques, incapazes de criticar ou perceber as falhas na ideologia que tanto amam, e que defendem com tanta paixão e louvor, mesmo que na prática ela produza ainda mais pobres, e seu resultado final acabe sendo sempre uma Venezuela, ao invés de uma Suíça. 

    Sim, temos partidos de direita no Brasil, como o NOVO, o PATR e o DC, que defendem valores como liberalismo econômico, conservadorismo e privatização. Não obstante, eles terão ainda de lutar muito por espaço, para não serem sufocados pela insalubre maresia esquerdista que hoje domina de forma quase inconteste o cenário político, com a sua complacente, arbitrária e absoluta idolatria pelo estado, que serve apenas para deixar burocratas ultraricos, e os pobres ainda mais pobres, reféns de políticas públicas que os mantém permanentemente agrilhoados a mais nefasta miséria, e que parece fazer de tudo para deixá-los perenemente encarcerados nesta condição. 

    Não há dúvida de que esquerda e direita vem as coisas de formas e maneiras completamente diferentes. Não obstante, não há a menor dúvida de que, historicamente falando, foi a direita que aprovou as medidas políticas e socioeconômicas mais eficazes para a redução da miséria; a saber, diminuindo restrições e regulações, e permitindo que o mercado de trabalho fizesse o seu papel. Países que adotaram políticas liberais na economia – como Suíça, Chile e Singapura – permitiram que o mercado se desenvolvesse, e dessa maneira, com a prosperidade das empresas, floresceram as oportunidades e as ofertas de emprego, que tornaram-se abundantes. Hoje, com regulamentos excessivos que sufocam o empreendedorismo, não é à toa que o Brasil, no atual momento, não tem meios de compreender o que é livre mercado. No Chile, é possível registrar uma empresa em um dia, sem custo nenhum. Na Nova Zelândia, o processo é ainda mais breve: três horas, e pode ser realizado online. No Brasil, o processo é uma verdadeira via crúcis – caro, custa aproximadamente dois mil reais, é terrivelmente burocrático e demorado, pode levar de 107 a 119 dias –, é o amargo resultado de uma mentalidade essencialmente esquerdizada, que demoniza o empreendedorismo e a livre inciativa. E explica muito bem o nosso atraso e subdesenvolvimento. 






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