CAMPO GRANDE (MS),

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    14/09/2017

    OMS reconhece o Veterinário como essencial para a saúde

    © Divulgação
    A atuação do médico veterinário no Brasil tem evoluído muito na prestação de serviços à sociedade e resultado, entre outros benefícios, no bem-estar da saúde humana. Por conta disso esse profissional tornou-se peça fundamental dentro do conceito de saúde única, estabelecido pela OMS - Organização Mundial da Saúde, formado pelo indissociável tripé: ambiente saudável, saúde animal e saúde humana.

    “Esses três fatores têm de estar ligados e cuidados para termos saúde. E a partir desse conceito de saúde única foi consolidada a importância da medicina veterinária nas questões de saúde pública”, afirma João Vieira de Almeida Neto, presidente do Conselho Regional de Medicina Veterinária de Mato Grosso do Sul – CRMV-MS, que tem desenvolvido uma campanha permanente de valorização da categoria e que ganhou maior dimensão no mês de setembro, quando se comemora o Dia Nacional do Médico Veterinário (9).

    João Vieira, que esteve esta semana na Assembleia Legislativa, onde ocupou a tribuna para falar desse profissional, afirma que o médico veterinário tem um papel fundamental na sobrevivência da espécie humana e explica: “A história da espécie humana é ligada aos animais, nosso convívio com eles. São os cavalos que transportavam os homens; os bois que puxavam as cargas; os cães que auxiliavam nas caças e na guarda das residências. A vida da humanidade está associada aos animais e quem cuida da saúde desses importantes aliados em nossa evolução são os médicos veterinários”.

    E tudo isso, segundo o presidente do conselho, sem falar da questão da alimentação, “pois os produtos de origem animal são a base de proteína do mundo: os ovos, leite, queijos, carnes de boi, frango, suínos, ovinos, peixe e outros. O sistema de produção e proteção de saúde desses animais, o momento do abate, a análise da qualidade dessas carnes que vão chegar à mesa do consumidor, passa pelas mãos dos médicos veterinários. E não há profissional, no Brasil e no mundo, habilitado a lidar com os produtos de origem animal, a não ser o médico veterinário”.

    Muitas vezes as pessoas associam a figura do veterinário à clínica e cirurgia dos pequenos e grandes animais. Entretanto, segundo o presidente do CRMV-MS, a atuação desse profissional vai muito mais além. “Ele é o único profissional habilitado para avaliar e controlar todo produto de uso e consumo, de origem animal”, afirma.

    ÁREAS – A atuação do médico veterinário é bastante abrangente e para se ter ideia dessa dimensão, João Vieira Neto cita como exemplo o veterinário de pequenos animais onde dentro dessa área de atuação há uma diversidade de especializações: “O médico veterinário, que é clínico e especialista em diagnóstico por imagem; há ainda o especialista em oftalmologia, ortopedia, anestesista veterinário, fisioterapia, até mesmo os profissionais de alternativas de fisioterapia como acupuntura, hidroterapia.

    Aqueles que trabalham com grandes animais têm especialistas em reprodução, nutrição e uma gama enorme de especialidades, explica o presidente. “Na verdade, quem demanda a evolução é a sociedade. O cão era um animal de quintal, hoje ele convive dentro de casa, fazendo companhia para a família, adotado como um membro familiar. Então, cada vez mais se aplicam cuidados e a esse animal. No caso dos grandes animais, a produtividade exigida hoje, na questão da produção de carne precoce, por exemplo, exige adaptação e especialização”.

    Em Mato Grosso do Sul são em torno de 6 mil profissionais inscritos no Conselho Regional de Medicina Veterinária, que completa 40 anos em 2018. Atuantes no mercado, segundo João Vieira, são em torno de 4,5 mil veterinários. “Temos uma moçada altamente competente e trabalhando duro e abrindo cada vez mais espaço no mercado de trabalho. As prefeituras são obrigadas a ter médicos veterinários em seus centros de zoonoses, para tratar da questão da leishmaniose, raiva e tantas outras doenças zoonóticas que são atribuições do veterinário combater”

    Fonte: ASSECOM


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