CAMPO GRANDE (MS),

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    04/08/2017

    TJ-SC afirma que investigação preliminar já foi instaurada para apurar acusação contra magistrado

    Momento em que o advogado, na tribuna, acusa o desembargador © Reprodução
    O Tribunal de Justiça de Santa Catarina se manifestou na tarde desta sexta-feira sobre a denúncia do advogado Felisberto Odilon Córdova contra o desembargador Eduardo Mattos Gallo Júnior, feita em sessão da 1ª Câmara de Direito Civil do Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC) na quinta-feira à tarde.

    O defensor acusa Gallo Júnior de pedir propina para votar a favor de Córdova em um processo de pagamento de honorários advocatícios que superam a casa dos R$ 30 milhões. Em nota oficial, assinada pelo desembargador Alexandre d'Ivanenko, presidente interino do TJ-SC, o tribunal afirmou que uma investigação preliminar já foi instaurada para apurar o caso.

    A Associação dos Magistrados Catarinenses (AMC) também se manifestou nesta sexta-feira, destacando que o relato de Córdova "deve ser alvo de ampla investigação". O presidente da OAB-SC, Paulo Brincas, disse na manhã desta sexta que o órgão vai atuar para que o advogado Felisberto Odilon Córdova possa ter tranquilidade para apresentar eventuais provas. O advogado reafirmou nesta manhã as acusações feitas contra o desembargador Eduardo Gallo.

    Um advogado que representa o magistrado marcou uma coletiva à imprensa para o fim da tarde desta sexta-feira. 

    Confira, na íntegra, a manifestação do TJ-SC:

    "A respeito do grave incidente ocorrido ontem (3/8), em sessão da sua 1ª Câmara de Direito Civil, durante o julgamento de agravo de instrumento em execução de sentença de honorários, movida por advogado, atuando em causa própria, oriundo de ação principal que tramitou na Comarca de Criciúma, o Tribunal de Justiça lamenta profundamente o inusitado episódio e destaca que está a merecer análise acurada no sentido do esclarecimento da verdade, já tendo sido instaurada investigação preliminar. Por fim, reitera seu compromisso com a estrita observância da ordem jurídica e com os postulados éticos inerentes à atuação dos operadores do direito".

    Florianópolis, 04 de agosto de 2017

    Desembargador Alexandre d'Ivanenko


    Fonte: DIÁRIO CATARINENSE


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