CAMPO GRANDE (MS),

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    24/08/2017

    Delator promete comprovar esquema de propina do PSDB paulista

    Repasses irregulares teriam ocorrido em obras como a construção do Rodoanel e a ampliação da marginal Tietê

    © Reprodução / TV Globo
    O empresário Adir Assad, que fechou acordo de delação premiada na última segunda-feira (21) com o Ministério Público Federal, pretende entregar extratos que comprovariam pagamentos irregulares em obras feitas por políticos do PSDB em São Paulo.

    De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, construções como as do Rodoanel e a ampliação da marginal Tietê teriam sido usadas para repasse de propinas. Ambas os projetos são administrados pela Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A), ligada ao governo estadual.

    O delator revelou ter usado mais de dez empresas de fachada para fechar contratos falsos com grandes empreiteiras. As construtoras pagavam às empresas fictícias por serviços inexistentes. Os ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira da Silva, conhecido como Paulo Preto, seria responsável por indicar as empreiteiras com as quais Assad fazia operações.

    Paulo Preto esteve à frente do órgão durante a gestão de José Serra no governo de São Paulo. Ele entrou na Dersa como diretor de Relações Institucionais durante o primeiro governo de Geraldo Alckmin, em 2005.

    O advogado Daniel Bialski, que defende Vieira de Souza, afirmou que seu cliente conhece Assad há 25 anos, mas que ele nunca atuou em negócios ligados à Dersa. O advogado de Assad disse que o delator não comentaria o assunto. A assessoria do senador José Serra informou que ele não falará sobre a "suposta delação à qual não teve acesso".

    A Dersa afirmou, em nota, que firmou contratos com consórcios que venceram licitações nas obras da marginal Tietê e do Rodoanel, e não com empresas de Assad.

    Fonte: NAOM


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