CAMPO GRANDE (MS),

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    13/07/2017

    Após condenação de Lula, aliados apostam que caso Temer será arquivado

    PMDB, PSD, PP e PR fecharam com o governo e devem punir integrantes que votarem contra o presidente

    © Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
    Quatro partidos já declararam que vão votar contra o prosseguimento da denúncia contra Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ): PMDB, PSD, PP e PR. Eles devem contar com todos os seus 22 votos no colegiado a favor do presidente.

    A base aliada acredita que, com a condenação do ex-presidente Lula e a autorização para que Geddel Vieira Lima cumpra prisão domiciliar, nessa quarta-feira (12), o governo ganha força e o processo deve ser arquivado.

    Ontem, dois deputados titulares foram trocados na comissão, um no PP e outro no PMDB, e se somam aos outros nove que já haviam sido trocados no PMDB, PR, PRB, PSD, e SD, em uma manobra do governo para conseguir arquivar a denúncia.

    Também nessa quarta, a executiva do PMDB tomou a decisão de punir deputados que votem a favor do prosseguimento da denúncia contra o presidente Michel Temer na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

    "Estamos tranquilos e não haverá surpresas, porque temos responsabilidade para com o País. O que a oposição quer é desestabilizar o governo", disse o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), ao explicar a decisão. As informações são da Agência Câmara.

    A executiva do PTB apenas sugeriu o voto não, e no PSD, PP e PR foram as bancadas que tomaram a decisão. "É vital para que haja as reformas e a preparação de uma reforma política, darmos estabilidade política ao governo, para começar o ano com tranquilidade para eleições que já estão marcadas", explicou o deputado Nelson Marquezelli (PTB-SP).

    Parecer

    O texto de Zveiter, lido na segunda-feira (10), recomenda a admissibilidade da investigação pelo Supremo Tribunal Federal (STF) da denúncia por crime de corrupção passiva contra Temer.

    A denúncia foi apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, mas, para que o Supremo analise o caso, é preciso autorização da Câmara.

    Na segunda-feira (10), após a leitura do parecer, a CCJ ouviu o advogado de Temer, Antonio Mariz de Oliveira, que rebateu o parecer do relator, negando que o presidente tenha recebido propina e reafirmou que o presidente da República “não recebeu um níquel sequer”.

    Fonte: NAOM
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