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A Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar de MS iniciou a segunda fase do Programa Mãos emPENHAdas Contra a Violência. A juíza Jacqueline Machado, que responde pela Coordenadoria, já providenciou a reedição das cartilhas informativas sobre os tipos de violência para distribuição nos salões parceiros.
Ação inédita no país contra a violência doméstica, o Mãos emPENHAdas Contra a Violência é um programa promovido pelo Poder Judiciário de MS, por meio da Coordenadoria da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar e da 3ª Vara da Violência Doméstica e Familiar de Campo Grande.
Lançada em fevereiro, a iniciativa tem a parceria de salões de beleza de Campo Grande, que se tornaram multiplicadores de informações sobre todas as formas de violência doméstica e familiar contra as mulheres. Os estabelecimentos receberam um Selo de Parceria para identificar a participação na campanha.
A proposta faz parte da campanha Mulher Brasileira e será realizada durante todo o ano de 2017 com atividades em prol da mulher e contra toda forma de violência. Agora, recomeçam as oficinas e são esperados profissionais da beleza que trabalham em pelo menos 50 salões da Capital.
“Vamos fazer uma capacitação com novos colaboradores, além de complementar e ampliar as informações repassadas aos já capacitados. O objetivo em longo prazo é que 100% dos estabelecimentos de estética de Campo Grande participem do projeto e que ele seja implementado também no interior do Estado, pois acreditamos que essa ação será de grande importância na mudança de cultura da sociedade”, explicou a juíza.
Questionada sobre os resultados concretos obtidos na primeira fase, Jacqueline lembra que no feedback recebido dos profissionais já capacitados ficou muito evidente que não houve necessidade de distribuição do material de divulgação.
“As mulheres foram espontaneamente pegar as cartilhas, em busca de informação, e foi chocante para elas ver no material o que é violência psicológia e violência patrimonial porque não tinham noção desses tipos de violência. Umas receberam orientação e outras apenas levaram o material. Como o problema é de difícil exposição, acreditamos que muitas utilizaram o material para sair do ciclo de violência ou talvez tenham buscado ajuda, sem se identificar no salão. Ou até mesmo ajudado outras mulheres que precisavam”, esclareceu.
Divulgação
Visando ampliar a rede de enfrentamento, a juíza e sua equipe estão preparando uma ampla ação de divulgação em locais como a Feira Central e o Mercadão. A intenção é distribuir panfletos informativos, cartilhas, bottons, adesivos, enfim, todo material disponível sobre a campanha.
“Pretendemos levar uma apresentação teatral, com uma peça que aborda um caso de violência doméstica, que termina com o empoderamento da mulher. Queremos mostrar para o maior número possível de mulheres o que é a violência, quais os tipos de violência de gênero e onde ela pode procurar ajuda”, concluiu.
Fonte: ASSECOM