Seccional de MS pedirá apuração na Procuradoria Geral da República para apurar denúncias feitas contra Reinaldo Azambuja na delação da JBS.
Governador de MS, Reinaldo Azambuja, chora e diz que citação na delação da JBS é retaliação © Divulgação |
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Seccional Mato Grosso do Sul, decidiu pedir abertura de inquérito na Procuradoria Geral da República (PRG) contra o governador Reinaldo Azambuja (PSDB). A decisão unânime foi tomada nesta sexta-feira (30), pelo Conselho da Seccional e o Colégio de Presidentes.
Azambuja foi citado na delação premiada da JBS por Wesley Batista, que afirmou ter pagado propina ao governador de Mato Grosso do Sul para conseguir incentivos fiscais e pagar menos imposto.
O advogado do governador de Mato Grosso do Sul, Gustavo Passarelli da Silva, informou ao G1 que os esclarecimentos serão prestados e que as acusações não procedem. Segundo Passarelli, Azambuja tem tranquilidade em relação aos fatos mencionados.
"Nosso entendimento é de que a OAB é uma entidade que tem direito de pedir apuração e está dentro da prerrogativa dela. Os esclarecimentos serão prestados e, quando prestados, restará demonstrado que as denúncias que foram feitas pela JBS são falsas e os responsáveis pelas denúncias também serão responsabilizados na medida de seus atos", afirmou o advogado.
CPI
Deputados de Mato Grosso do Sul criaram uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar se houve crime de improbidade administrativa do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), a partir das delações do empresário Wesley Batista, dono da JBS.
Na quarta-feira (28), a Secretaria de Fazenda de Mato Grosso do Sul entregou termos de benefícios com JBS à CPI.
A CPI tem 120 dias para apresentar as primeiras conclusões. Os deputados vão analisar os documentos e, depois, convocar depoimentos que forem necessários.
Por Gabriela Pavão, G1 MS