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Não repercutiu bem na Câmara o pedido de impeachment do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), protocolado na Assembleia pelo vereador Vinicius Siqueira (DEM), em virtude das denúncias contra o tucano feitas pelo empresário Wesley Batista, do Grupo JBS.
Diversos parlamentares usaram um discurso do vereador Delegado Wellington (PSDB) para defender o governador, e criticar o pedido feito pelo colega do democratas, que alguns classificaram como um ato ‘eleitoreiro’.
“Não vamos permitir que tornem esta Casa um palanque eleitoreiro de partido que até já lançou candidato ao governo”, disparou João Cesar Mattogrosso. O DEM cogita disputar as eleições majoritárias em 2018 em Mato Grosso do Sul, e o presidente estadual do partido, deputado federal Luiz Henrique Mandetta é o cotado para disputa.
Para o vereador Carlão (PSB), o pedido de Siqueira foi ‘politicagem’. “Pedir impeachment é sem cabimento”, frisou. Segundo ele, caso Reinaldo seja culpado um eventual afastamento só pode ser solicitado no final das investigações.
A bancada tucana também se manifestou na defesa do governador. O próprio Wellington, que iniciou a discussão, enalteceu os 20 anos de vida pública de Azambuja.
“Eu não posso dizer que o pastor Jeremias Flores (vereador do PTdoB) é traficante, sem provas, e no outro dia ter gente aqui pedindo seu impeachment”, comparou André Salineiro, que defendeu uma apuração imparcial dos fatos, sem prévio julgamento.
O presidente da Casa, vereador João Rocha (PSDB), cobrou dos colegas ‘escravidão’ ao Regimento Interno da Câmara, além do que chamou de comportamento ético e moral. “Dentro desta Casa ninguém poderá tecer qualquer comentário ou atitude que venha ferir qualquer vereador desta Casa”, disparou Rocha.
Os vereadores Odilon Junior (PDT) e Dr. Lídio Leite (PSDB) também destacaram o que chamaram de bons serviços prestados ao Estado pela administração de Azambuja.
Mais cedo, Vinicius disse que o pedido de impeachment deve servir como uma oportunidade para o governador apresentar sua defesa à população.
Fonte: Midiamax
Por: Ludyney Moura
