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    02/05/2017

    Ministros do STF julgam habeas corpus de José Dirceu nesta terça-feira

    Ex-ministro teve a prisão preventiva decretada em 2015

    © Divulgação/Arquivo
    O ex-ministro José Dirceu pode ser solto nesta terça-feira (2). Isso por que o STF (Supremo Tribuna Federal) julga seu habeas corpus nesta data. Julgamento será feito pela segunda turma do Supremo, segundo informações do Jornal Estado de São Paulo (Estadão).

    José Dirceu está preso há quase dois anos no âmbito da Lava Jato. Ele teve a prisão preventiva decretada em agosto de 2015 e já foi condenado duas vezes pelo juiz Sérgio Moro, que conduz a operação na primeira instância.

    Na semana passada, a Segunda Turma do STF soltou dois presos da Lava Jato, apesar do voto contrário do relator do caso na Corte, ministro Edson Fachin. O pecuarista José Carlos Bumlai e o ex-tesoureiro do PP João Cláudio Genu tiveram as prisões preventivas revogadas.

    Integram a Segunda Turma Fachin, Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli. Em fevereiro, Gilmar disse que o STF tinha “encontro marcado com as alongadas prisões de Curitiba”, em referência às decisões de Moro.

    Fachin negou seguimento ao habeas corpus apresentado pela defesa do petista no início do ano. Ele considerou que o Tribunal Regional Federal da 4.ª Região não analisou a decisão que manteve a prisão de Dirceu após condenação em primeiro grau e o STF cometeria “indevida supressão de instância” se julgasse o pedido de liberdade. A defesa de Dirceu recorreu e a Segunda Turma do STF decidiu pela análise do habeas corpus.

    Divergência. O julgamento sobre as prisões da Lava Jato pode levar ao STF debate sobre o cabimento de pedidos de liberdade feitos por presos preventivos que, na cadeia, forem condenados em primeira instância.

    Na Primeira Turma, o entendimento é de que um habeas corpus contra prisão preventiva não deve seguir após a condenação em primeira instância. A Segunda Turma entendeu de forma diferente semana passada.


    Fonte: Midiamax
    Por: Mariana Anjos, com Estadão
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