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Constante na luta pela adequação do projeto e das obras realizadas pela concessionária CCR MSVia, empresa responsável pela duplicação da BR-163 em Mato Grosso do Sul, o vereador Carlos Augusto Borges (Carlão PSB) secretariou audiência pública realizada na manhã desta quarta-feira (24) na Câmara Municipal sobre a retomada das obras de duplicação. Carlão ressaltou que audiências semelhantes serão realizadas em outras 12 cidades do Estado por onde passam a rodovia e cobrou a retomada e qualidade nas obras.
“Nossa bandeira principal no momento é a retomada das obras que estão paralisadas desde abril depois que a concessionária CCR MSVia pediu revisão do contrato de concessão. Pelo menos nos pontos onde as obras já foram iniciadas para que o dinheiro investido não vá para o lixo, já que em alguns pontos os trabalhos estão bem encaminhados”, disse Carlão, relembrando que desde 2014 acompanha a atuação da empresa no entorno da Capital, tendo ido a Brasília duas vezes para cobrar alterações e adequações no projeto da concessionária.
A audiência contou com a presença do diretor de Relações Institucionais da concessionária CCR MSVia, Claudemir Alves Mata que explicou que apenas 35% do valor arrecado pela empresa é investido nas obras de duplicação, sendo que o restante dos recursos são empregados na manutenção da BR e em seu monitoramento.
Oito meses após garantir que a duplicação da BR-163 ficaria pronta até 2020, a CCR MSVia interrompeu a obra em Mato Grosso do Sul. A empresa fez, no início do mês, pedido de revisão contratual à ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) para mudar as regras do contrato firmado com a União. O Sinticop (Sindicato dos Trabalhadores na Construção Pesada de Mato Grosso do Sul) estima fechamento de 1500 empregos diretos.
A cobrança do pedágio deve continuar mesmo com a obra parada, segundo a empresa, porque os atendimentos médicos e os serviços de conservação vão continuar. A CCR MSVia disputou a concessão, de 30 anos, com cinco grupos e saiu vencedora, em maio de 2012. O contrato foi assinado em 14 de abril de 2014. No total, o projeto tem investimento de R$ 4,59 bilhões. A principal justificativa para a interrupção da duplicação é a crise econômica. A concessionária pede à ANTT o retorno de condições normais de financiamento e regularização de licenças ambientais. A CCR também alega redução de 35% na arrecadação de pedágio.
Fonte: ASSECOM
Por: Janaina Gaspar