Lista com nome de políticos que receberam dinheiro da empresa foi assunto na Assembleia
Deputados Onevan de Matos (PSDB), à esquerda, e Márcio Monteiro, PMDB. (Foto: Roberto Higa e Victor Chileno/ALMS). |
Nesta manhã, os parlamentares comentaram sobre uma lista divulgada pelo jornal Estado de São Paulo, em que figuram políticos que receberam recursos da empresa.
Dizendo que recebeu R$ 52 mil, a deputada Mara Caseiro (PSDB), que na eleição daquele ano disputou pelo PT do B, afirmou que o dinheiro veio da majoritária, ou seja, dos candidatos ao governo, Nelson Trad Filho, na época pelo PMDB, e do Senado, Simone Tebet, também peemedebista.
Justificou que na época doação de empresa para campanhas eleitorais era legal e mesmo que a JBS tivesse doado diretamente ao candidato – e não ao partido como afirmam – não seria irregular. “Na época todos a consideravam idônea e conceituada”.
Líder do PMDB na Assembleia, o deputado Eduardo Rocha disse que recebeu, também via partido estadual, R$ 55 mil em 2014. R$ 25 mil de Nelson Trad Filho e R$ 30 mil de Simone. “Ninguém da nossa coligação recebeu direto da JBS. Veio tudo pelo partido, além disso ninguém sabia destas ações irregulares da empresa”, afirmou, completando que considera a delação “orquestrada” e que todas as informações serão questionadas e avaliadas pela Justiça.
Na época do PT do B, Márcio Fernandes (PMDB hoje), ficou com R$ 52 mil para aplicar em sua campanha. Metade veio do candidato ao governo do PMDB e a outra da candidata ao Senado. “A minha campanha não foi bancada pela JBS. É importante que a população saiba disto”.
Onevan de Matos esses donos da JBS foram marginais e fizeram falcatruas e roubos no Brasil. Mas, em função da delação saíram do país, em uma ação que foi conivente com seus crimes. Temos que questionar a delação. Não se pode colocar todos os políticos como tendo recebido propina.
Sem mencionar eventuais doações recebidas, o deputado Onevan de Matos, do PSDB, disse que os donos da JBS – os irmãos Wesley e Joesley Batista – foram “marginais”, que fizeram “falcatruas e roubos no Brasil”. “Temos de questionar a delação. Não se pode colocar todos os políticos como tendo recebido propina”.
“Não podemos confundir doação legal com propina, até porque até 2014, as empresas podiam contribuir com as campanhas”, reafirmou o líder do PSDB, deputado Beto Pereira, dizendo que todos os parlamentares tiveram suas contas aprovadas, “por isso não podemos colocar todos os políticos na mesma vala”.
Fonte: campograndenews
Por: Mayara Bueno e Leonardo Rocha