CAMPO GRANDE (MS),

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    09/03/2017

    Minha missão é fazer um debate o mais democrático possível, afirma Marun.

    Divulgação 
    Há exatamente um mês, o deputado federal Carlos Marun (PMDB/MS) foi eleito presidente da comissão especial da reforma da Previdência – PEC 287/2016, que dispõe sobre a seguridade social, estabelece regras de transição e dá outras providências.

    Com o intuito de melhor conduzir os trabalhos frente à presidência, Marun tem procurado ouvir a cada dia, o maior número de pessoas ligadas a órgãos públicos, privados, federações, sindicatos, entidades trabalhistas, entre outras que estão diretamente envolvidas nessa questão.

    Durante a nona sessão da comissão e sétima audiência pública, ocorrida na quinta-feira (9), o deputado Marun propôs aos deputados presentes que, nas audiências públicas possam ser convidadas pessoas que apresentem tanto a defesa da reforma proposta pelo governo quanto àqueles que estão em defesa dos melhores direitos dos trabalhadores, propostas para que os parlamentares analisem a situação como um todo e possam fazer se necessário, modificações como sugestão aos trabalhos do relator Arthur Maia (PSB/BA). “Ouvir as categorias nos ajuda muito a levar as melhores propostas ao relator” afirma Marun.

    Durante participação em um evento da Central dos Sindicatos Brasileiros, Marun destacou a extrema necessidade da reforma e enfatizou aos presentes que está disposto a fazer uma discussão ampla sobre o tema e em todos os setores se for necessário. “Minha missão é fazer um debate o mais democrático possível, o Brasil está vivendo uma realidade diferente de décadas atrás, com avanços em área sociais importantes e, por isso, os brasileiros estão vivendo mais, essa é a realidade. Antigamente a gente olhava para uma pessoa de 55, 56, 58 anos e essa pessoa parecia mais velha, hoje, vemos outra realidade em função dos avanços, como na saúde, por exemplo,” disse Marun.

    Questionado sobre a equiparação de idade entre os diversos segmentos profissionais, Marun argumentou que o estabelecimento de uma idade mínima para a aposentadoria seria adequado para garantir o benefício para as nossas futuras gerações.

    Antes de encerrar sua participação, Marun fez questão de ressaltar sobre a responsabilidade que o Estado precisa ter no sistema previdenciário. “Temos que achar uma forma para que o Estado tenha que continuar contribuindo. Não estamos num sistema onde o Estado não tenha responsabilidade”, explicou o deputado.

    Quando indagado sobre como os parlamentares seriam tratados dentro do projeto de Reforma da Previdência, o deputado federal Carlos Marun respondeu que essa PEC vale para todos, e encerrou questionando inclusive sobre o sistema de aposentadoria dos magistrados. “Por que aposentadoria para juiz e promotor tem de ser precoce? Aposentadoria não pode ser punição. Juiz que fez o que não devia, deve ser preso, e não aposentado”, ressaltou.

    “O governo quer a reforma da Previdência, mas quer por quê? Simplesmente porque o Brasil necessita. Ou alguém acha que nós somos suicidas e estamos querendo fazer na marra?”, disse Marun acrescentando: “Somos críticos, somos homens públicos, mas só que somos responsáveis. E, por sermos responsáveis, nós entendemos, sim, que deve haver uma modernização da nossa Previdência e estamos lutando para isso”, finalizou.


    Fonte: ASSECOM


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