CAMPO GRANDE (MS),

  • LEIA TAMBÉM

    02/03/2017

    Grávida com morte cerebral é mantida viva em hospital de MS para dar à luz

    Jovem teve AVC na 18º semana de gestação e está há um mês em hospital. Família decidiu manter gravidez para realizar sonho do primeiro filho.

    Renata Sodré teve morte cerebral e é mantida há um mês em MS (Foto: Reprodução/ TV Morena)
    Há pouco mais de um mês, uma família de Mato Grosso do Sul se divide entre a dor da morte e a esperança de uma nova vida após a jovem Renata Souza Sodré, 22 anos, ter morte cerebral na 18ª semana de gestação. Desde o dia 30 de janeiro, a grávida é mantida viva na Santa Casa de Campo Grande. Ela teve um Acidente Vascular Cerebral (AVC) no dia 27 de janeiro e o diagnóstico de morte cerebral foi dado pelos médicos três dias depois.

    Apesar dos riscos, a família decidiu manter a gestação para realizar o sonho de Renata de ter o primeiro filho, segundo a mãe Adriana de Souza Avalos. 

    "A gente sabe de todos os riscos, [os médicos] deixaram a gente ciente de que o bebê pode não nascer, pode nascer com sequelas, mas isso para nós não importa, o importante é a vida que ela tanto queria, era o sonho dela. Ela estava muito feliz porque os sonhos estavam se realizando tudo de uma vez", disse emocionada a avó de Yago, nome escolhido por Renata antes mesmo de saber o sexo do bebê.

    "Ela tinha feito ultrassom, mas não tinha mostrado ainda o sexo do bebê. Ela foi sem saber o que era o bebê dela, mas já tinha deixado o nome pra gente. É ele que vai me dar forças para seguir em frente porque dói muito, ela era muito apegada a mim, arrancou um pedaço do meu coração", lamentou Adriana.

    Além da mãe Renata, o marido Eduardo de Noronha também visita todos os dias a gestante. Eles conversam com o bebê e se apegam à nova vida que está sendo gerada para seguir em frente.

    AVC

    Segundo a assessoria de imprensa da Santa Casa, Renata Souza Sodré deu entrada no hospital no dia 27 de janeiro e, três dias depois, os médicos confirmaram a morte cerebral. Desde então, a grávida é mantida viva por aparelhos na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e recebe acompanhamento de uma equipe médica multidisciplinar.

    A família de Renata diz que o objetivo dos médicos é manter a gravidez até a 28ª semana. A mãe da gestante conta que ela foi socorrida depois de bater a cabeça em casa.

    "Ela chegou do serviço na minha casa, eu não estava lá, mas estava minha outra guria e minha sobrinha, e brincou com a minha neta brincou e depois ela coloco minha neta num colchãozinho no chão e gritou disse que tinha batido a cabeça muito forte tinha batido", lembrou Adriana.

    Em seguida, Renata teve vômitos e foi socorrida pela família até um posto de saúde da capital sul-mato-grossense, onde foi entubada e transferida para a Santa Casa.


    Do G1 MS com informações da TV Morena