Relatou a cena como uma ‘sessão de terror’
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Há dois dias, na terça-feira (7), um homem de 38 anos foi sequestrado e torturado em Campo Grande, quando voltava a pé para casa pela Via Park, nas proximidades da Avenida Mato Grosso. Preso pelo estupro do enteado em 2012 e agora em liberdade condicional, ele foi levado para um local afastado da cidade, após o Jardim Columbia, onde foi torturado.
O homem procurou uma delegacia da Capital e relatou que na tarde de terça-feira andava pela Via Park quando foi abordado por um Corsa Sedan prata, ocupado por dois homens. O passageiro, armado com um revólver, apontou a arma para o homem e ordenou que ele entrasse no carro. Os suspeitos não chegaram a descer do veículo, mas com medo da ameaça ele entrou no Corsa, sem ter como fugir ou pedir socorro.
Assim que entrou no veículo, o passageiro gritou para ele “Jack vagabundo. Você vai ver só”. Jack é um termo usado nos presídios que se refere a presos pelo crime de estupro. O homem, de 38 anos, hoje cumpre pena em liberdade com uma tornozeleira eletrônica, mas já foi preso por ter estuprado e torturado o enteado de apenas 4 anos, em 2012.
Levado a um local descampado, ele foi obrigado a abraçar uma árvore, enquanto era agredido com um fio de aço, sofrendo várias lesões nas costas. Enquanto apanhava, era ameaçado e um dos autores apontava a arma de fogo para o rosto dele. Para a polícia, ele chamou a cena de uma “sessão de terror” e disse que foi enforcado, chegando a desmaiar.
Quando acordou, viu que estava sozinho no local e voltou para casa, procurando a polícia já no dia seguinte. Ele suspeita que os autores das agressões possam tê-lo reconhecido da cadeia, quando estava preso.
Estupro e tortura
O homem foi preso em 2012, após a polícia descobrir o estupro do próprio enteado. Na época, a denúncia chegou ao Conselho Tutelar e depois foi revelada à polícia, que conseguiu prender o acusado.
O menino, vítima do padrasto aos 4 anos, precisou ser internado na Santa Casa de Campo Grande. Em estado grave, ele teve as costelas quebradas e as palmas das mãos queimadas, depois de serem colocadas em uma panela quente. Ele também sofreu deslocamento da traqueia e apresentava um quadro de hepatite, pois teve o fígado atingido nas agressões.
O padrasto chegou a introduzir um cabo de vassoura no ânus do menino, provocando vários ferimentos internos. Na época, a polícia revelou que o agressor não aparentava ter problemas mentais e que a perversidade dele era nítida. Menos de três anos após ser preso, ele conseguiu liberdade em 2015.
Fonte: Midiamax
Por: Renata Portela e Geisy Garnes