Motim começou na tarde de domingo (1º) e durou mais de 17 horas. Presos tinham pistolas, espingarda e armas improvisadas.
O secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes, confirmou 60 mortes após a rebelião ocorrida no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, no km 8 da BR-174, que liga Manaus a Boa Vista (RR). A rebelião foi considerada pelo secretário como "o maior massacre do sistema prisional do Amazonas".
Ainda não há confirmação oficial do número de fugas, mas a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AM) chegou que mais de 130 detentos estão foragidos.
Atualmente, o Compaj abriga 1.224 detentos no regime fechado e a capacidade do mesmo é para 592 presos. O motim começou no domingo (1º) e terminou na manhã desta segunda-feira (2), após mais de 17 horas. Um inquérito da Polícia Civil foi aberto para apurar o ocorrido.
De acordo com Fontes, os mortos são integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) e presos condenados por estupro. Até as 10h (horário de Manaus) desta segunda, a secretaria havia contabilizado 60 mortes. O secretário afirmou ainda que a facção rival Família do Norte (FDN) comandou a rebelião, que "não havia sido planejada previamente".
"Esse foi mais um capítulo da guerra silenciosa e impiedosa do narcotráfico", disse Fontes.
Sessenta presos morreram na rebelião do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, informou o secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes. O motim durou mais de 17 horas e foi considerado pelo secretário como "o maior massacre do sistema prisional" do Estado.
Os mortos são integrantes de uma facção criminosa e estavam presos por estupro, segundo Fontes. Também houve fugas de detentos, mas o número não foi divulgado oficialmente. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-AM) chegou a dizer que mais de 130 estão foragidos. O complexo penitenciário abriga 1.229 presos e fica no km 8 da BR 174, que liga Manaus a Boa Vista.
O presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB-AM, Epitácio Almeida, está na unidade prisional e afirmou que os presos liberaram nesta manhã os últimos sete reféns. Segundo ele, os detentos entregaram as armas e se renderam às 8h40 (horário de Manaus) desta segunda-feira (2).
De acordo com Pedro Florêncio, da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), os detentos que se rebelaram tiveram ajuda dos presos do semiaberto. "Eles fizeram buraco na muralha e, por lá, entraram armas no presídio", afirmou. "Não houve falha da inteligência para perceber [o motim]."
Foram apreendidas quatro pistolas, uma espingarda calibre 12 e armas improvisadas, segundo informações preliminares. Além de mortes por armas, foram registradas ainda mortes por incêndio. O ex-policial militar Moacir Jorge Pessoa da Costa, mais conhecido com "Moa", morreu carbonizado em uma das celas. Até o momento, ele é o único detento com identidade informada pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM).
![]() |
Divulgação |
![]() |
Divulgação |
![]() |
Divulgação |
Fonte: G1
Por: Camila Henriques, Suelen Gonçalves e Adneison Severiano