CAMPO GRANDE (MS),

  • LEIA TAMBÉM

    21/10/2016

    Brasileiro confessa ter assassinado família na Espanha

    Polícia encontrou os quatro corpos esquartejados em uma casa

    Polícia encontrou os quatro corpos esquartejados em uma casa do conjunto residencial La Arboleda de Pioz, na cidade de Guadalajara - Foto: EFE/Pepe Zamora

    O brasileiro François Patrick Nogueira Gouveia confessou nesta sexta-feira à Guarda Civil espanhola que foi o responsável pelo assassinato de seus tios e os dois filhos deles, duas crianças de 4 e 1 anos, em uma casa do município de Pioz, na província de Guadalajara (centro).

    Assim disseram à Agência Efe fontes da investigação, que acrescentaram que o jovem, de 20 anos, não apresentou muitos detalhes, à espera da declaração que prestará perante um juiz de Guadalajara.

    O jovem chegou na quarta-feira a Madri após se entregar voluntariamente após as conversas que os investigadores da Guarda Civil mantiveram durante vários dias com a família de Patrick no Brasil.

    Os corpos do casal Gouveia (esquartejados) e os das duas crianças foram achados em uma casa em setembro depois que um vizinho alertou sobre o mal cheiro perto da casa da família, o que fez suspeitar que teria sido assassinada semanas antes.

    Os parentes do jovem se convenceram de que o suspeito tinha que se apresentar à Justiça na Espanha, porque, além disso, a Guarda Civil tem vários indícios que apontam para o jovem.

    Tudo parece indicar que na decisão do jovem de se entregar às forças de segurança espanholas pesou muito a convicção de que na Espanha o suposto autor teria um julgamento mais objetivo e uma detenção diferente da qual teria nas prisões brasileiras, segundo as fontes.

    Por sua vez, a Promotoria de Guadalajara pedirá a prisão provisória de François Patrick.

    Assim afirmou à Efe a promotora-chefe de Guadalajara, Dolores Guiard, que justificou esse pedido de prisão provisório “pela gravidade dos fatos e a ausência de firmeza no país” para assegurar assim sua permanência na Espanha.

    Sobre as possíveis penas, a promotora-chefe disse que o Código Penal estabelece que os assassinatos de crianças menores de 16 anos são penalizados com prisão permanente que pode ser revisada depois de um tempo.



    Fonte: EFE