CAMPO GRANDE (MS),

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    13/09/2016

    Eleições: A força do slogan



    Os títulos de certos filmes a gente não esquece. Viraram referências. Seus personagens idem. “O Poderoso Chefão”, por exemplo, é bem isso. O ator Marlon Brando era a cara do próprio: gordo, gestos lentos, voz pastosa e roupas à caráter davam o toque emblemático ao personagem (capo) mafioso que encarnou com fidelidade impar.

    É o mesmo caso de certos livros que nos impressionam à primeira vista! Quantos deles acabamos comprando só pelo título chamativo. Claro que o título não deveria ser apenas um truque de marketing; deve sim estar associado ao conteúdo da obra, quase um resumo da história. “O velho e o mar”, de Hermingway é o livro que aponta para a narrativa das relações entre o ser humano e o mar. No caso, o leitor sabe o que está comprando.

    Também na política é muito importante a iniciativa do candidato em sinalizar o que se pretende e como irá fazê-lo no governo. Isso facilita as relações com o eleitor, que passa ter maior visão do projeto administrativo do pretendente e maiores subsídios para comparações inclusive.

    Se para ganhar eleição é preciso um pouco de tudo, não se pode então esquecer do cuidado na hora de adotar um slogan para o candidato. Como já disse: ele deve representar a estratégia de campanha e se possível associá-lo ao estilo de administração, no caso de cargos do Executivo.

    Uma campanha começa com um bom candidato e um bom slogan. Um deve estar atrelado ao outro. Um candidato de idade avançada não pode adotar – por exemplo - o slogan da “Renovação”, sob pena de cometer o pecado da incoerência. É aí que entra o trabalho de marketing que vai associar o slogan ao candidato, a realidade política-social e às suas propostas.

    Alguns slogans já são conhecidos do público porque se identificam com o contexto deste Brasil. Só ilustrar: A força jovem – Renovar é preciso – A força do trabalho – Gente nossa – Mudar para melhorar – Gente como a gente – A hora é agora – A voz da experiência – O povo no governo – Trabalho e transparência – Tradição e competência – A voz do povo – O que é bom deve continuar – Honestidade e ação.

    Aos candidatos de plantão um alerta: há excesso de marqueteiros prometendo milagres por aí. Parecem aqueles velhos camelôs de antigamente, que vendiam remédios eficientes para “todos os males”: do chulé ao câncer. Fiquem espertos! Há muita propaganda enganosa. De leve