CAMPO GRANDE (MS),

  • LEIA TAMBÉM

    27/08/2016

    IMPEACHMENT| Janaína Paschoal diz que não discutirá com Dilma, porém avisa: "Não me calo"

    Senadores temem que advogada, cujo comportamento é considerado explosivo por parlamentares, discuta com a presidente na segunda-feira, quando Dilma comparecerá ao Senado

    Advogada Janaína Paschoal - Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

    Janaína Paschoal disse que não pretende protagonizar bate-boca com a presidente Dilma na segunda-feiraApesar da preocupação por parte de alguns senadores, a advogada Janaína Paschoal afirmou quinta-feira (25/8) que não pretende protagonizar embates com a presidente Dilma Rousseff na próxima segunda-feira (29/8), quando a petista irá ao Senado para se defender. Uma das autoras da denúncia contra Dilma, Janaína diz, porém, que não vai se calar.

    “Podem olhar, durante o processo eu não faltei com respeito com ninguém. Eu sempre refutei argumentos, eu nunca ofendi ninguém, nunca acusei ninguém de nada. Só que eu não posso me calar diante de mentiras, de argumentos que são distorcidos”, disse Janaína. “Nunca desrespeitei ninguém e não desrespeitarei a presidente, primeiro porque ela é um ser humano, segundo porque ela é a presidente da República, e ainda que ao final o processo venha a ser julgado procedente, ela será a ex-presidente da República e merece todo o respeito”, acrescentou.

    A apreensão por parte de senadores aliados a Michel Temer é fundamentada no comportamento considerado explosivo da advogada. Durante a realização dos trabalhos da Comissão do Impeachment no Senado, Janaína discutiu com senadores petistas. Alguns parlamentares chegaram a reclamar da falta de foco da advogada.

    Em evento a favor do impeachment realizado da Faculdade de Direito da USP, Janaína protagonizou uma cena que viralizou na internet. Segurando uma bandeira do Brasil, a advogada – que leciona na faculdade – recorreu a uma parábola bíblica e disse que o Brasil “não é a república da cobra”. Segundo ela, quando “a cobra cria asa”, Deus manda “uma legião para libertar o país do cativeiro de almas e mentes”.