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    01/06/2016

    TCU começa a julgar em 15 de junho contas de 2015 do governo Dilma

    Dilma já foi afastada do cargo por 'pedaladas fiscais' e decretos de gastos. Relator será o ministro José Múcio, que não quis falar com a imprensa.

    presidente afastada Dilma Rousseff - Arquivo

    O Tribunal de Contas da União (TCU) confirmou nesta quarta-feira (1º) que começará a julgar as contas da presidente afastada Dilma Rousseff relativas ao ano de 2015 no próximo dia 15 de junho. O relator das contas do ano passado é o ministro José Múcio, que não quis falar com a imprensa.

    O tribunal recomendou, no último ano, a rejeição das contas de Dilma Rousseff relativas ao ano de 2014 por conta das chamadas "pedaladas fiscais" e pela edição de decretos que abriram créditos suplementares sem autorização prévia do Congresso Nacional.

    As “pedaladas fiscais” consistiram no atraso do governo em repassar a bancos públicos o dinheiro para que essas instituições fizessem o pagamento de benefícios sociais e previdenciários.

    Essa prática obrigou instituições como Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil a usar recursos próprios para honrar os compromissos, numa espécie de “empréstimo” ao governo.

    O Executivo, porém, alega que houve prestação de serviços, e não operações que possam ser caracterizadas como empréstimos.

    Além disso, ao atrasar os repasses o governo "maquiava" suas contas, fazendo parecer que estivessem em melhores condições.

    Prática antiga

    O próprio Banco Central já confirmou que os atrasos de pagamentos existiram no governo Fernando Henrique Cardoso, mas assumiram proporções maiores na gestão da presidente Dilma Rousseff .


    Os valores totais somaram R$ 72,4 bilhões, valor que incluiu, também, "obrigações" de 2015, como "adiantamentos" concedidos ao FGTS e valores "devidos" ao Banco do Brasil, ao BNDES e à Caixa Econômica Federal, que o governo alegou, em dezembro do ano passado, que não são consideradas "pedaladas".

    Impeachment

    O Congresso Nacional aprovou, em maio, a admissibilidade do processo de impeachment de Dilma Rousseff tendo por base as chamadas "pedaladas fiscais" e a autorização, por parte do governo, de despesas extras de R$ 2,5 bilhões, entre julho e agosto de 2015, mesmo ciente de que o gasto era incompatível com a meta fiscal.

    Com a decisão, a presidente Dilma foi afastada do mandato por até 180 dias, até o julgamento final pelo Senado. Com o afastamento de Dilma, o vice Michel Temer (PMDB) assumiu como presidente em exercício.

    A acusação contra Dilma foi de que a presidente afastada teria contraído “operação de crédito ilegal”, já que a Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe o governo de usar dinheiro emprestado de bancos públicos, ou seja, controlados pelo próprio Executivo.

    Durante a análise das acusações nas comissões do Senado e da Câmara, a Advocacia-Geral da União (AGU) alegou que os atos não configuram crimes de responsabilidade - exigência para requerer o impeachment de um presidente da República - e que também foram praticados em governos passados, sem qualquer questionamento.



    Do G1, em Brasília