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    05/06/2016

    LÍNGUA PORTUGUESA| Professor Fernando Marques



    Continuação do Capítulo “Dialogar”.
      
    Na redação, no diálogo e durante o discurso, o Barbarismo semântico deturpa a mensagem e expõe quem o comete à vinculação ao idiotismo e a outros inúmeros conceitos negativos, porque modifica o sentido das palavras e da interpretação das sentenças.
    É pelo barbarismo semântico que determinados político afirmam seus reais comportamento quando bradam: “Todos os meus projeto vem de encontro às necessidade do povo”.
    “Sempre me dediquei a tudo que vai de encontro aos interesses da sociedade”.
    Ir de encontro a ou vir de encontro a significa chocar-se com; estar em trajetória de colisão com; estar em desacordo com; opor-se a; discordar de; em prejuízo de.
    Ir ao encontro de tem o significado de estar a favor de; na direção de; em benefício de; dar solução ou satisfazer a; atender; contribuir para.

    Conforme observamos, o barbarismo semântico ocorre quando o falante usa a palavra ou a locução que existe, mas com intenção de produzir um significado que não é o dela. Outros exemplos:
    absolver (perdoar) em vem de absorver (aspirar);
    “adoçar o cheque” em vez de “endossar o cheque”;
    “arreou a saia” por “arriou a saia”;
    “assustar cheque” quando a forma correta é: “sustar cheque”;
    “cinto” em vez de sinto.
    comprimentou”, em vez de “cumprimentou”;
    “espinho de peixe“ em vez de “espinha de peixe”;
    “final de semana”, em vez de fim de semana;
    “independente”, quando deveria ser  “independentemente”;
    “instalar”, em vez de “instaurar”;
    “laser”, em lugar de “lazer”;
    “mim ajude”, em vez de ajude-me;
    “muito obrigado”, em vez de muito obrigada (expressão da mulher);
    “nada tem haver contigo” em vez de “nada tem a ver contigo”;
    “o juiz expediu o mandato de prisão” por “o juiz expediu o mandado de prisão”;
    “patinar”, em vez de “patinhar”;
    “posto que”, no lugar de “porque, visto que”;
    “preço caro” em vez de “preço alto; preço elevado”;
    “rapto” por sequestro;
    “senão” (do contrário, caso contrário, de outro modo - ideia de contraste), no lugar de “se não” (caso não, na possibilidade de não - ideia de condição).

    Barbarismo morfológico:
    Apreceio por aprecio;
    Cidadãos por cidadões;
    Deteu por deteve;
    Dijuntor por disjuntor;
    Eles proporam por eles propuseram;
    Mamãos por mamões;
    Meçar por medir;
    Mortal por mortífero, letal; letífero ou fatal;
    Mulher macha por mulher macho;
    Se ela propor por se ela propuser;
    Se eu caber por se eu couber;
    Venda à prazo, em vez de venda a prazo.

    A Cacoépia, também vista como "Barbarismo Ortoépico" se manifesta com os erros cometidos pela pronúncia errada das palavras. São cincadas perpetradas até mesmo por pessoas que frequentaram ou que frequentam universidade. Exemplos:
    bicicreta, no lugar de bicicleta;
    carramanchão por caramanchão;
    célebro, no lugar de cérebro;
    Cráudio, ao invés de Cláudio;
    Creuza, no lugar de Cleuza;
    decascar, ao invés de descascar;
    deferente, ao invés de diferente;
    Frávio, no lugar de Flávio;
    incrusive, ao invés de inclusive;
    poblema, por problema;
    pobrema por problema;
    recramar, no lugar de reclamar.

    A Cacografia, também chamada de "Barbarismo Gráfico" indica os erros de grafia da palavra. Exemplos:
    “analizar”, no lugar de analisar;
    “cabelereiro”, no lugar de cabeleireiro;
    “derrepente”, no lugar de “de repente”;
    “excurção”, ao invés de excursão;
    “expermentar”, em vez de experimentar;
    “exprimente”, no lugar de experimente;
    “geito” ao invés de jeito;
    “manicure”, em vez de manicura ou manicuro;
    “pedicure”, no lugar de pedicura ou pedicuro;
    “porisso” em vez de por isso;

    Continuação na próxima semana.