Continuação do Capítulo
“Dialogar”.
Na
redação, no diálogo e durante o discurso, o Barbarismo semântico deturpa a
mensagem e expõe quem o comete à vinculação ao idiotismo e a outros inúmeros
conceitos negativos, porque modifica o sentido das palavras e da interpretação das sentenças.
É pelo barbarismo semântico
que determinados político afirmam seus reais comportamento quando bradam:
“Todos os meus projeto vem de encontro às necessidade do povo”.
“Sempre me dediquei a tudo que
vai de encontro aos interesses da sociedade”.
Ir de encontro a ou vir de encontro a
significa chocar-se com; estar em trajetória de colisão com; estar em desacordo
com; opor-se a; discordar de; em prejuízo de.
Ir ao encontro de tem
o significado de estar a favor de; na direção de; em benefício de; dar solução ou satisfazer a;
atender; contribuir para.
Conforme
observamos, o barbarismo semântico
ocorre quando o falante usa a palavra ou a locução que existe, mas com intenção
de produzir um significado que não é o dela. Outros exemplos:
absolver (perdoar) em vem de
absorver (aspirar);
“adoçar o cheque” em vez de
“endossar o cheque”;
“arreou a saia” por “arriou a
saia”;
“assustar cheque” quando a
forma correta é: “sustar cheque”;
“cinto” em vez de sinto.
“comprimentou”,
em vez de “cumprimentou”;
“espinho de peixe“ em vez de
“espinha de peixe”;
“final de semana”, em vez de
fim de semana;
“independente”, quando deveria
ser “independentemente”;
“instalar”, em vez de “instaurar”;
“laser”, em lugar de “lazer”;
“mim ajude”, em vez de
ajude-me;
“muito obrigado”, em vez de
muito obrigada (expressão da mulher);
“nada tem haver contigo” em
vez de “nada tem a ver contigo”;
“o juiz expediu o mandato de
prisão” por “o juiz expediu o mandado de prisão”;
“patinar”, em vez de
“patinhar”;
“posto que”, no lugar de
“porque, visto que”;
“preço caro” em vez de “preço
alto; preço elevado”;
“rapto”
por sequestro;
“senão” (do contrário, caso
contrário, de outro modo - ideia de contraste), no lugar de “se não” (caso não,
na possibilidade de não - ideia de condição).
Barbarismo
morfológico:
Apreceio
por aprecio;
Cidadãos por cidadões;
Deteu
por deteve;
Dijuntor
por disjuntor;
Eles proporam por eles propuseram;
Mamãos por mamões;
Meçar
por medir;
Mortal por mortífero, letal; letífero ou fatal;
Mulher macha por mulher macho;
Se ela propor por se ela
propuser;
Se eu caber por se eu couber;
Venda à prazo, em vez de venda a prazo.
A Cacoépia, também
vista como "Barbarismo Ortoépico" se
manifesta com os erros cometidos pela pronúncia errada das palavras. São
cincadas perpetradas até mesmo por pessoas que frequentaram ou que frequentam
universidade. Exemplos:
bicicreta,
no lugar de bicicleta;
carramanchão
por caramanchão;
célebro, no lugar de cérebro;
Cráudio, ao invés de Cláudio;
Creuza, no lugar de Cleuza;
decascar, ao invés de descascar;
deferente, ao invés de diferente;
Frávio, no lugar de Flávio;
incrusive, ao invés de inclusive;
poblema,
por problema;
pobrema por
problema;
recramar, no lugar de reclamar.
A Cacografia, também chamada de "Barbarismo
Gráfico" indica os erros de grafia da palavra. Exemplos:
“analizar”, no lugar de
analisar;
“cabelereiro”, no lugar de
cabeleireiro;
“derrepente”, no lugar de “de
repente”;
“excurção”, ao invés de
excursão;
“expermentar”, em vez de
experimentar;
“exprimente”, no lugar de
experimente;
“geito” ao invés de jeito;
“manicure”, em vez de manicura
ou manicuro;
“pedicure”, no lugar de
pedicura ou pedicuro;
“porisso” em vez de por isso;
Continuação na próxima semana.