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    05/06/2016

    ARTIGO| 05 de junho – Dia mundial do meio ambiente – A obrigação constante de encontrar e estimular novas soluções criativas de proteção para o pantanal.

    Foto: Thomas Freitas

    *Por: Pedro Chaves

    A obrigação constante de encontrar e estimular novas soluções criativas de proteção para o pantanal.

    Vivemos tempos desafiadores.

    Em 200 anos a população da Terra saltou de 1 bilhão para 7,3 bilhões de pessoas, e de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU) esse número em 2030 saltará para 8,5 bilhões e em 2050 atingirá a impressionante marca de 11 bilhões, ou seja, 11 bilhões de pessoas que precisarão se alimentar, se vestir, usar meios de transportes etc. A única fonte para a produção de alimentos e bens para atender esses bilhões de seres humanos é uma só: A NATUREZA.

    Uma natureza que a cada dia que passa, está muito mais restrita, muito mais frágil, muito mais ameaçada, e que continua tendo, e sempre terá a difícil tarefa de suprir as necessidades, cada vez mais amplas, de um contingente 11 vezes maior que há 200 anos. A matemática não fecha.

    Até pouco tempo atrás, em termos históricos, o capitalismo não havia despertado sobre o impacto do esgotamento dos recursos naturais e as alterações climáticas nos futuros resultados das empresas.

    Hoje não se aceita mais empresas que não tenham, como um de seus pilares, a sustentabilidade ambiental. A economia sustentável calcada nos pilares pessoa, planeta e lucro é algo recente e irreversível. O Brasil tem bons exemplos, mas ainda precisamos avançar muito.

    Convenhamos que medidas protecionistas deixam em desvantagem os países em desenvolvimento frente aos países desenvolvidos no comércio global, e que Leis Ambientais rígidas causam reações de investidores, mas isso é inevitável perante esse cenário.

    Inevitável também é a substituição da economia linear baseada no extrair-transformar-descartar, pela economia circular onde o que se extrai da natureza deve ser reutilizável, reciclável, recuperável.

    Evitar desperdícios, usar energias limpas e aproveitar ao máximo os recursos com ganhos em eficiência em processos de produção e uso de logística reversa, são medidas que se apresentam como necessárias para a tentativa de reparar décadas de promoção do stress ambiental.

    As instituições de ensino, que são fatores transformadores de uma sociedade, têm o papel fundamental de criar consciência, nesta e nas futuras gerações, dos direitos e deveres que culminam na sustentabilidade, bem como inibir a cultura ao consumismo desnecessário.

    Graças à tecnologia, a produtividade da agricultura no Brasil teve grandes avanços nas ultimas 4 décadas, segundo a Embrapa. É perfeitamente possível produzir alimentos em alta escala utilizando o amparo da tecnologia aliado a manejos sustentáveis. Mas é necessário também ter olhos atentos para a hidrologia que estuda o elemento essencial para todas as vidas do planeta.

    Por todos esses motivos, requeri junto à Comissão de Meio Ambiente do Senado Federal a realização de Audiência Pública para discutir e apurar as ameaças do avanço do plantio de soja no Bioma Pantanal por entender ser um dos ecossistemas mais sensíveis do planeta e que requer uma constante discussão visando a sua preservação.

    Sabemos que proteger o Meio Ambiente impõe muitos sacrifícios, mas temos consciência também de que juntos podemos encontrar e estimular novas soluções criativas para a sustentabilidade e proteção do Pantanal.



    *Pedro Chaves - Senador/MS