Notícias, acidentes, economia, política, policial, concursos, empregos, educação, ciência, saúde e cultura.

CG,

  • LEIA TAMBÉM

    17/04/2016

    LÍNGUA PORTUGUESA| Professor Fernando Marques



    Continuação do texto da semana anterior

    O hífen é utilizado quando o prefixo for: -além, -aquém, -bem, -ex, -recém, -sem, -soto ou - vice. Exemplos: além-fronteiras, além-mar, além-mundo, além-túmulo, aquém-mar, bem-vindo, ex-marido, ex-namorada, recém-aberto, recém-casados, recém-chegado, recém-criado, recém-nascido, recém-publicado, sem-luz, sem-nome, sem-par, sem-pátria, sem-terra, sem-teto, sem-vergonha, sota-soberania, soto-mestre, vice-diretor, vice-presidente, vice-reitor.

    O hífen é empregado diante do advérbio “mal”, quando a segunda palavra começar por vogal, “h” ou “l”. Exemplos: mal-acabado – mal-afortunado - mal-amado – mal-educado - mal-estar, mal-humorado – mal-intencionado.

    Observação: diferentemente da regra aplicada ao advérbio “bem”, o advérbio “mal” apresenta flexibilidade diante de consoantes, motivo pelo qual há que se observar a exceção à regra. Assim, determinadas palavras são grafadas sem hífen. Exemplos: mal dormido, mal falado malnascido, malmandado, malsoante, malparado, malcuidado, malcriado, malconservado, malcasado, malcheiroso, malcomportado, malfalante, malgovernado, mal limpo, malmequer, malpassado, malsucedido, maltratado, malvestido, malvisto etc.

    Quando indica o nome de uma doença, o advérbio “mal” sempre será seguido de hífen. Exemplos: mal-de-chagas, mal-de-gota, mal-de-lázaro, mal-de-Parkinson etc.

    Emprega-se o hífen com os prefixos -circum e -pan, diante de palavras iniciadas por “vogal, m, n ou h”. Exemplos: circum-ambiente - circum-escolar - circum-hospitalar - circum-murado - circum-navegação - circum-navegador - circum-oral - pan-americano - pan-asiático - pan-helenismo - pan-islâmico - pan-mágico.

    O hífen será mantido em palavras compostas desprovidas de elemento de ligação e que constituem unidades sintagmáticas e semânticas, mantendo acento próprio, como também naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas. Exemplos: água-de-colônia, água-de-coco, ano-luz, arco-da-velha, azul-escuro, beija-flor, bem-te-vi, conta-gotas, cor-de-rosa, couve-flor, erva-doce, guarda-chuva, mais-que-perfeito, médico-cirurgião, pé-de-meia, pimenta-de-cheiro, quinta-feira, sexta-feira, tenente-coronel, terça-feira, vinte-réis.

    Observação:

    O hífen não é empregado quando se tratar de locuções substantivas, adjetivas, pronominais, verbais, adverbiais, prepositivas ou conjuntivas. Assim, grafa-se sem hífen: abaixo de, a cerca de, à parte, à toa, à vontade, café com leite, cão de guarda, cor de açafrão, cor de café, cor de vinho, de caso pensado, de fio a pavio, fim de século, fim de semana, fim de tarde, pão de mel, sala de jantar.

    O hífen será mantido quando o prefixo terminar em “r” e o segundo elemento começar pela mesma letra (hiper, inter, super). Exemplos:

    hiper-humano, hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, inter-relação, inter-resistente, super-realismo, super-realista, super-requintado, super-revista, super-romântico.

    Será mantido o hífen quando a segunda palavra começar com “h”. Exemplos: ante-hipófise, anti-higiênico, anti-herói, anti-herói, entre-hostil, extra-humano, extra-humano, infra-hepático, sobre-humano, semi-herbáceo, supra-hepático, ultra-hiperbólico.

    O hífen será mantido quando o prefixo começar com “ab”, “ad”, “ob” ou “sob” e a palavra seguinte começa por “b”, “r” e “d”. Exemplos: 

    ab-reptício (astucioso), ab-rogar (pôr em desuso), ad-rogar (adotar), sob-roda.

    Na próxima semana veremos as formas que são grafadas sem o hífen, conforme determina a nova ortografia.