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    12/04/2016

    LÍNGUA PORTUGUESA| Professor Fernando Marques


    A utilização e a supressão do HÍFEN 

    O hífen representa um sinal gráfico, cujas funções estão associadas a uma infinidade de ocorrências linguísticas. Considerando o advento da Reforma Ortográfica e as mudanças em relação à sua aplicabilidade, enfatizaremos as diferenças entre o que antes prevalecia e o que vigora.

    Tendo em vista a complexidade que se atribui ao sinal em questão, esse estudo tem por finalidade, mostrar as regras e as exceções que são exigidas nos concursos e nas provas aplicadas em sala de aula, bem como na elaboração de textos que se vinculam às correspondências do dia a dia, do setor comercial e das demais missivas do setor privado e da administração pública, dentre essas as do Poder Judiciário, do Legislativo e do Executivo. 

    Estudantes de todos os níveis, jornalistas, empresários, executores do Direito, agentes públicos e as demais pessoas da sociedade precisam ter o conhecimento adequado a respeito do hífen, a fim de que os erros sejam evitados.

    Na ligação de palavras compostas e de palavras precedidas de prefixos, convém observar: 
    O hífen é usado quando o prefixo termina em vogal e a segunda palavra começa com a mesma vogal. Exemplos:


    Observação: 

    - a exceção à regra mencionada manteve palavras como: auto-observação, auto-ônibus e contra-atacar.
    - a exceção também afastou a utilização da regra quando se tratar de palavras que tenham os prefixos “-co”, “-pre”, “-pro” e “-re”, mesmo nos encontros de vogais iguais (com a segunda palavra começando com a mesma vogal que encerra o prefixo), ou quando o segundo elemento começar por h. Exemplos: coabitar – coadquirido - coautor – coerdeiro - coobrigar – coocupante - coordenar – preexistência - proativo - proforma, reabilitar - reafirmar – reaproximar – reativar - reeditar – reeleger – reescrever.

    Voltando à regra, há que se observar a obrigatoriedade do emprego do hífen diante de palavras iniciadas com “h”, com prefixos anti, co, extra, pró e super, nas seguintes palavras: anti-higiênico – anti-histórico – extra-humano – super-homem.
    Grafam-se com hífen as palavras com os prefixos hiper, inter, super, quando a palavra seguinte começa por “h”, ou “r”. Exemplos: hiper-hidrose, hiper-reativos, inter-humano, inter-racial e super-resistente.
    Haverá hífen nas palavras com o prefixo sub, quando a palavra seguinte começa por “b”, “h” ou “r”. Exemplos: sub-bloco, sub-hepático, sub-humano, sub-região, sub-regional; sub-raça; sub-reino.

    Observação: 

    Faculta-se a grafia sem a utilização do hífen e da letra "h", em palavras como; "subumano" e "subepático", cabendo interposição de recurso quando, em concurso ou provas, o examinador discordar da forma adotada pela pessoa que se submeter ao teste.

    Se os prefixos pós-, pré- e pró- forem tônicos, acentuados graficamente e conservarem autonomia vocabular (com significados próprios), tendo o segundo elemento com “existência” à parte, emprega-se o hífen. Exemplos: 
    Pós-eleitoral, pós-escrito, pós-estruturalismo, pós-graduação, pós-guerra, pós-moderno, pós-nupcial, pós-parto, pós-socrático, pós-tónico, pré-contrato, pré-eleitoral, pré-aviso, pré-câncer, pré-diabético, pré-escola, pré-escolar, pré-estreia, pré-fabricado, pré-forma, pré-lançamento, pré-jurídico, pré-natal, pré-nupcial, pré-vestibular, pró-africano, pró-americano, pró-análise, pró-democracia, pró-europeu e pró-memória. 

    Exceção: 

    Não haverá hífen nas palavras formadas com os prefixos correspondentes, quando esses forem autônomos, grafados nas formas átonas que se aglutinam com o elemento seguinte. Exemplos: 
    Pospor; predeterminado, predispor, prefácio, prever; promover; preestabelecer, preencher, preeminente, preexistir, prejulgamento, pressupor, posfácio, pospor e propor.

    O hífen é empregado quando o prefixo terminar em consoante e a segunda palavra começar com a mesma consoante. Exemplos: inter-regional; sub-bibliotecário; super-resistente. 

    Continuação na próxima semana