De acordo com parlamentar, proponente do evento na Assembleia Legislativo, Dieese contribuiu para desenvolver pesquisas e fundamentos legais e científicos às reivindicações trabalhistas.
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Foto: Inácio Benites |
“A centralidade e a valorização do trabalho nas políticas públicas e no desenvolvimento do País e de Mato Grosso do Sul”: esse foi o tema escolhido pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) para o seminário de celebração de seus 60 anos de atuação, realizado nesta quarta-feira, 7, no plenarinho Deputado Nelito Câmara.
O seminário, proposto pelo deputado João Grandão (PT/MS), contou com as presenças do coordenador de Relações Sindicais do Dieese, José Silvestre Prado de Oliveira, e da supervisora técnica do Dieese-MS, Andreia Ferreira, além de lideranças de outras organizações sindicais, como CUT-MS e Fetems.
“Temos visto diversas formas de precarização do trabalho e o setor bancário está aí para provar isso, com seu alto índice de terceirização e reajustes salariais, que não cobrem nem a inflação”, disse o deputado na abertura do evento.
Para Grandão, o seminário contribuiu não apenas para o debate do acesso aos postos de trabalho, mas também para a qualidade das vagas ofertadas e a garantia de dignidade durante o exercício profissional.
“Será que todos hoje têm acesso a trabalho e trabalho com qualidade e dignidade? Creio que temos de avançar muito ainda nessa seara e o Dieese, que neste ano completa 60 anos, contribuirá bastante nesse debate”, reiterou ele, celebrando o fato de Mato Grosso do Sul abrigar um dos 18 escritórios do Dieese espalhados pelo Brasil.
Para Andreia Ferreira, o trabalho tem perdido sua primazia e intencionalmente posto de lado em função da exploração excessiva da mão-de-obra pelo capital. “O trabalho não pode ser visto como um custo, mas como um investimento para o desenvolvimento econômico e social. E, além dos instrumentos normativos e da Constituição Federal, os trabalhadores podem continuar contando com o Dieese no desenvolvimento de pesquisas e estatísticas que deem fundamento legal e científico às reivindicações trabalhistas”, afirmou.
Apesar das crises econômica e política, o coordenador de relações sindicais, José Silvestre, destacou os inúmeros avanços que a classe trabalhadora conquistou nos últimos 13 anos, graças não só à atuação dos trabalhadores mas também a políticas públicas de governo.
“O Brasil viveu um processo cujo grau de inclusão social decorrente de iniciativas do Governo Federal causou a melhoria da situação econômica de milhões de trabalhadores, geração de renda, ampliação do salário mínimo, redução de desemprego a níveis históricos e uma grande melhoria dos indicadores sociais como um todo”, disse. “Desse tempo para cá, foram criadas 20 milhões de vagas com vínculo empregatício e inclusas 6 milhões de empregadas domésticas ao mercado formal de trabalho, entre outros avanços”, finalizou.
Fonte: ASSECOM
Por: Daniel Machado