ESCUTAR / OUVIR - Escutar significa prestar atenção; dar atenção; tornar-se atento para ouvir; auscultar; dar ouvidos a.
Ouvir é ter o dom de audição; entender; atender.
Exemplos:
A filha presta atenção ao que o pai falava mas não ouvia o que ele dizia.
Como bom filho, Adalberto ouve os conselhos da mãe.
Embora não estivesse escutando, Carla não pode deixar de ouvir o seu namorado combinar um encontro com Lúcia.
ESDRÚXULO / EXDRÚXULO – A forma correta é esdrúxulo, com s e não x na primeira sílaba.
ESTEJE / ESTEJA / SEJE / SEJA - A forma subjuntiva de estar e ser é esteja e seja. As formas esteje e seje não existem. Portanto, erra o policial que diz: esteje preso!
Diz-se: seja feliz, e não seje feliz.
EU / NÓS - Pessoas civilizadas, dispostas à adequada educação, preferem usar o pronome nós e não o pronome eu.
Eu - é a forma “pesada”, preferida por egocêntricos que não sabem reconhecer os méritos das demais pessoas.
O egocêntrico deveria compreender que, sem o trabalho e o envolvimento de outrem, as dificuldades seriam insuperáveis:
Roupas, sapatos, meios de transporte e de comunicação, lar, alimento, ruas limpas, medicamentos, são exemplos que nos induzem à percepção do “nós” e não do “eu”.
Evitando-se a referência na 1ª pessoa do singular (eu), o tom imperativo, demasiadamente pessoal, conota-se polidez e vínculo ao elevado nível cultural, próprio daqueles que buscam cooperativismo, organização, modernidade, progresso e evolução.
Quem utiliza excessivamente o pronome eu evidencia egolatria; egotismo.
Egolatria do latim ego + -l + -atria - Culto do eu; adoração de si próprio. Egotismo - personalismo; importância excessiva a si mesmo.
O plural de modéstia (nós) manifesta-se como acertada opção linguística que dá a ideia de compartilhamento; de expressão do pensamento coletivo; de alteridade; de solidariedade.
EXCELENTÍSSIMO / MAGNÍFICO / MERITÍSSIMO - Excelentíssimo (originado do latim excellentem), significa "aquele que se eleva acima de".
Nas petições ou nos requerimentos, deve-se utilizar o adjetivo no superlativo, em caixa alta, e por extenso.
Exemplos:
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA...
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DESEMBARGADOR...
Como vocativo, excelentíssimo Senhor ou excelentíssima Senhora deve ser empregado em comunicações dirigidas aos Chefes de poder, seguido do respectivo cargo.
Exemplos:
Excelentíssima Senhora Presidente da República.
Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional.
Excelentíssimo Senhor Presidente do Superior Tribunal de Justiça.
Essa forma de tratamento é indica para os membros do Poder Executivo, extensivo aos prefeitos; do Poder Legislativo (incluindo o Vice-Presidente, os membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal, os membros do Tribunal de Contas da União e dos Estados, os presidentes e os membros das Assembleias Legislativas e os presidentes das Câmaras Municipais. Da mesma forma, há considerar os membros do Poder Judiciário.
No meio do texto, convém usar o pronome Vossa Excelência (por extenso), conforme a orientação contida no Manual de Redação da Presidência da República. Todavia, a praxe forense e uma corrente de cultos doutrinadores recomendam a utilização da invocação abreviada (V. Exa.) para toda e qualquer autoridade que mereça a menção.
Há intelectuais que recomendam o uso desse vocábulo para referência a: Presidente e Vice-Presidente da República, chefes de gabinetes civil e militar da presidência da República, ministros de Estado, consultor geral da República, senadores e deputados, embaixadores, procuradores, oficiais-generais, cônsules, governadores de Estado e do Distrito Federal, prefeitos dos municípios, membros do Supremo Tribunal Federal, bispos e arcebispos, juristas.
Magnífico (do latim magnum) significa imponente, grandioso. Como vocativo, magnífico é vocábulo que deve ser usado para referência a: reitor, vice-reitor e pró-reitor de universidade.
Meritíssimo (do meritus), significa merecedor. Como vocativo, meritíssimo é vocábulo que deve ser usado para referência a: desembargadores, juízes de Direito, do Trabalho, Eleitorais, Federais, auditores da Justiça Federal.
FAZ / FAZEM - Fazer, quando exprime tempo (segundo, minutos, horas, dias, meses, anos, séculos, milênios), é impessoal. Não vai ao plural. Permanece na terceira pessoa do singular.
Exemplos:
Faz dois minutos que cheguei.
Faz dez dias que ganhei a bolsa para o pós-doutorado.
Fez 10 anos de lutas, longe da cidade natal.
Fazia dois anos que não visitava os meus pais.
Faz três séculos de existência.
Os verbos auxiliares também são mantidos no singular. Exemplos:
Está fazendo dois dias que não como doces.
Deve fazer três semanas que a onça passou por esta trilha.
Pode fazer quatro anos que não recebemos notícias dela.
Fazem - quando não exprime tempo (segundos, minutos, horas, dias, meses, anos, séculos, milênios), fica no plural. Exemplos:
Eles fazem o que querem e quando querem.
Os deputados não fazem além das respectivas obrigações.
Os escultores fazem excelentes obras de arte.
