Parlamentar assinou termo de compromisso na Vara de Execuções Penais. Ex-deputado do PR foi condenado pelo STF a 7 anos e 10 meses de prisão.
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O ex-deputado federal Valdemar da Costa Neto deixa a Vara de Execuções Penais, em Brasília (Foto: Lucas Salomão/G1) |
O ex-deputado federal Valdemar da Costa Neto (PR-SP) foi autorizado nesta terça-feira (11/11), após assinar termo de compromisso na Vara de Execuções Penais do Distrito Federal (DF), a cumprir o restante da pena de 7 anos e 10 meses em casa. Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do processo do mensalão do PT, o ex-parlamentar paulista estava preso desde o dia 5 de dezembro de 2013.
Ex-presidente nacional do PR, Costa Neto deixou a Vara de Execuções Penais acompanhado de um de seus advogados. Ele não falou com a imprensa depois de ser liberado pela Justiça.
Condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Costa Neto renunciou ao mandato de deputado federal antes de se entregar à Polícia Federal no final do ano passado. Desde a renúncia, ele deixou de receber benefícios a que tinha direito como parlamentar, como salário de R$ 26.723,13, auxílio-moradia e verba de gabinete.
Apesar da renúncia, o ex-deputado continuou a receber aposentadoria de R$ 16.873. O valor é referente aos 21 anos de contribuição previdenciária como congressista, sendo oito anos para o extinto Instituto de Previdência dos Parlamentares (IPP) e 13 anos para o Plano de Seguridade Social dos Congressistas.
De acordo com a Procuradoria Geral da República (PGR), Costa Neto recebeu R$ 8,8 milhões do esquema do mensalão do PT. Ainda segundo a acusação, ele teria utilizado a empresa Garanhuns Empreendimentos, citada na denúncia como "especialista em lavagem de dinheiro", para ocultar a origem dos recursos obtidos ilegalmente.
Na visão da PGR, Costa Neto era quem negociava com o PT a propina que seu partido, o extinto PL, teria direito para para votar a favor dos interesses do governo Luiz Inácio Lula da Silva no Congresso Nacional.
Do G1, em Brasília/JE
Por: Lucas Salomão
Por: Lucas Salomão