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    01/04/2014

    Mulher de Nem, chefão do tráfico preso em Campo Grande, Mato Grosso do Sul, diz que não frequenta mais a Rocinha

    Danúbia Rangel 
    Foto: Reprodução Facebook

    O advogado de Danúbia de Souza Rangel, Jaime Fusco, não quer que sua cliente seja trazida para o Rio. Segundo ele, a mulher de Antonio Francisco Bonfim Lopes agora mora em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, e quer continuar a viver lá. Ele alega que, como a prisão é temporária, ela pode ficar presa onde quiser. Ele viajou, nesta terça-feira, até Campo Grande, e já se encontrou com Danúbia. Ela afirmou que nunca entrou em contato com os PMs presos nesta terça-feira e não frequenta mais a favela.

    — Falei com ela, que confirma que visita o marido com frequência, mas não conhece nenhum dos outros presos na operação e nunca teve contato com eles. Ela ainda me disse que vive em Campo Grande e não frequenta mais a Rocinha — afirmou.

    O advogado diz que Danúbia não deixou de visitar o marido
    Foto: Reprodução Facebook

    As investigações da Polícia federal, que duraram quatro meses, mostram que as ordens de Nem chegavam na Rocinha através de sua mulher após visitas ao traficante no presídio. A mulher foi presa na casa onde vive atualmente, no bairro de Piratininga, em Campo Grande. No local, a PF apreendeu dez celulares, uma motocicleta, três tablets, um pen drive e um HD de computador.

    Na tarde da última quinta-feira, ela foi vista por moradores na Rocinha, pouco antes de retornar para Mato Grosso do Sul.

    — Ela estava conversando com um grupo de homens, na localidade conhecida como Fundação, que fica na parte média da favela — contou um morador, que pediu para não ser identificado.

    Desde que o marido foi transferido, Danúbia também foi para Campo Grande
    Foto: Reprodução Facebook

    Paralelamente à investigação da PF, a Polícia Civil investiga a informação de que José Cavalcanti de Souza Filho, o Juca, homem de confiança de Nem, teria sido indicado pelo seu ex-chefe para retomar o controle do tráfico na Rocinha. Juca saiu da cadeia no dia 21 de fevereiro último, após receber um habeas corpus, expedido pelo Superior Tribunal de Justiça.

    A decisão teria sido tomada por Nem para acabar com desentendimentos entre Luiz Carlos Jesus da Silva, o Djalma, e Rogério Avelino da Silva, o Rogério 157. Os dois controlavam respectivamente, até a semana passada, a venda de drogas na parte alta e na parte baixa da favela.

    Danúbia Rangel: entrada autorizada em presídio, mesmo com aplique
    Foto:  Reprodução Facebook

    Coincidentemente, há uma semana, a frequência de tiroteios diminuiu.

    — De uma semana para cá a coisa melhorou. Antes era guerra a toda hora. Ainda ouvimos alguns tiros, mas bem menos do que antes— disse um morador, que pediu para não ser identificado.





    Fonte: Extra/JE