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A vereadora Luiza Ribeiro (PPS) diz acreditar que a Câmara de Campo Grande fez manobra para conseguir o despejo do prédio e não pagar os aluguéis atrasados. Para a parlamentar, que é da oposição e se pronunciou nesta terça-feira (22/4) sobre o assunto, a culpa tem personagens: a Mesa Diretora da Casa de Leis.
O prédio deve ser desocupado em até 48 horas, segundo determinação judicial. Os vereadores, assessores e móveis que estão no local serão levados para a rua caso os aluguéis não sejam pagos ou se o prédio não for comprado pela administração municipal.
“É uma irresponsabilidade grande, um absurdo a Câmara estar nessa situação, sendo que o poder público tem dinheiro para pagar. A responsabilidade disso tudo é da Mesa Diretora, desde quando eles deixaram de pagar os aluguéis”.
Luiza defende que sem um contrato de aluguel, conforme alegado pela Câmara para não realizar os pagamentos, a mensalidade deveria ter sido depositada em juízo. “É lamentável o que está acontecendo. Desmoraliza o poder legislativo”.
O vereador Paulo Pedra (PDT) também foi procurado para falar sobre o assunto, mas se recusou a fazer qualquer tipo de declaração.
Os proprietários do imóvel os Haddad Engenheiros Ltda. pedem R$ 18 milhões para a quitação da dívida – a Câmara não pagou aluguel desde 2005 – e R$ 30 milhões para a compra do prédio.
Conforme o advogado dos Haddad, André Borges, o decreto de utilidade pública do prédio, assinado pelo ex-prefeito Alcides Bernal (PP) no dia 10 de março, foi uma manobra para o “calote”.
A Justiça determinou o despejo dos vereadores no dia 19 de fevereiro do ano passado, mas deu um prazo de seis meses após publicação no Diário Oficial. Desta forma, o prazo acaba no dia 24 de abril, próxima quinta-feira.
Fonte: Midiamax/JE
Por: Evelin Araujo e Paulo Fernandes
Foto: divulgação