Movimento é intenso no maior cemitério de Campo Grande

Para visitantes, dia é de mostrar carinho àqueles que já se foram.

Ambulantes comemoram as vendas e fazem planos com o lucro.

Cristina foi fazer homenagem à mãe, que morreu em 2011 (Foto: Nadyenka Castro/ G1 MS)

O movimento foi intenso no maior cemitério de Campo Grande, o Santo Amaro, na manhã deste sábado (2/11). Enquanto uns homenageavam entes queridos que já se foram, outros comemoravam o lucro com as vendas na porta do local.

Segundo divulgado pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur), são esperadas 75 mil pessoas nos três cemitérios públicos. Só no Santo Amaro, 35 mil.

Cristina Espíndola, 48 anos, foi ao cemitério com o marido, Valdecir Espíndola, 47 anos, fazer homenagens à mãe, que morreu em 2011. “É uma maneira de demonstrar o carinho que continuamos sentindo”, declara Cristina.

Sônia Regina Campos, 54 anos, e Luís Barbosa Costa, 58 anos, foram visitar o túmulo do filho, pelo terceiro ano consecutivo no Dia dos Finados. A primeira foi em 2011, um mês após ele ter sido assassinado. “Aceitar a gente não aceita, mas se conforma”, diz Luís, sobre a morte do rapaz.

Nestes três anos, eles limpam o túmulo, plantam flores, acendem velas e rezam. “É uma homenagem que a gente faz”, fala Sônia.

A ambulante Marilda de Fátima Cordeiro vendia flores naturais e artificiais e comemora. “O movimento está bom. Não tenho do que reclamar”. Ela conta que começou a preparar o estoque de produtos em outubro, mas cuida do ponto desde agosto, para que outro ambulante não pegue.

Marilda é vendedora autônoma e o lucro no Dia dos Finados é dinheiro extra que ela já soma ao orçamento mensal há oito anos. “Já tem destino certo. Vai para regularizar documentos do carro e da moto”.