CAMPO GRANDE (MS),

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    27/10/2013

    Teóricos da conspiração são mais propensos a negar vacinas, mudanças climáticas e alimentos GM

    Divulgação


    Bem-vindo a Cidade dos Loucos, onde o pouso na lua foi encenado, o 11 de Setembro foi uma farsa, e o planeta é plano. Lá, as vacinas são venenos distribuídos pelo governo, e a Terra não está em um irreversível caminho para a destruição graças a poluição que nós mesmos geramos.

    Pelo menos é o que descobriu um novo estudo da Universidade da Austrália Ocidental, que concluiu que há uma conexão entre o pensamento conspiratório (ideal conspiracionista) e a tendência a evitar certos fatos científicos bem estabelecidos.

    De acordo com os pesquisadores, os teóricos da conspiração são mais propensos a ser contra as vacinas, e um pouco mais propensos a ser céticos em relação a ciência da mudança climática e a alimentos geneticamente modificados (GM).

    1.001 participantes dos Estados Unidos responderam uma pesquisa online para medir atitudes em relação as teorias da conspiração, vacinas, mudanças climáticas e alimentos GM. No questionário, as pessoas tinham que dizer o quanto concordavam com afirmações como “o risco de vacinas de mutilar e matar crianças supera seus benefícios para a saúde”.

    Os cientistas descobriram que os participantes com maior ideação de conspiração também tendem a rejeitar questões científicas, especialmente no caso das vacinas.

    “As pessoas que tendem para o pensamento conspiratório são três vezes mais propensas a rejeitar a vacinação”, explica um dos autores do estudo, Stephan Lewandowsky (que recentemente mudou-se da Austrália para a Universidade de Bristol, no Reino Unido).

    Lewandowsky também descobriu ligações entre o pensamento conservador de livre mercado e rejeição à ciência do clima (outra “não surpresa” do estudo).

    Não houve associação entre filiação política e a aceitação dos alimentos GM. Já no quesito “crenças antivacina”, houve uma pequena associação: tanto progressistas anticonglomerados farmacêuticos quanto libertários antigoverno eram “maníacos da não vacinação”. 


    Fonte: Hypescience
    Por: Natasha Romanzoti