CAMPO GRANDE (MS),

  • LEIA TAMBÉM

    04/10/2013

    'Não tem receita', afirma ministro, em MS, sobre 10% do PIB à educação

    Mercadante fez as declarações durante audiência em Campo Grande.
    Ele disse ainda que receita não acompanhou reajuste do piso.



    Aluízio Mercadante, em Campo Grande nesta sexta-feira (4). (Foto: Fabiano Arruda, do G1/MS)


    Em Campo Grande na tarde desta sexta-feira (4/10), o ministro Aluízio Mercadante afirmou que o Governo Federal não tem recursos para investir 10% do Produto Interno Bruto (PIB) na educação, como é pedido em manifestações por todo o país. “O investimento passou de 4% para 6,1% do PIB. Para saltar para 10%, representaria R$ 240 bilhões. Eu tenho que fechar o Ministério da Educação, da Saúde e outros 15 departamentos do governo e não daria R$ 240 bilhões. Não tem receita”.

    Ainda sobre mais dinheiro do PIB para o à educação, Mercadante fala. “ Teriam que ser criadas cinco CPMFs. Alguém acredita que o Congresso Nacional tem coragem”?

    As declarações do ministro da Educação foram feitas durante audiência pública na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. No local havia estudantes e profissionais da educação. Alguns integravam grupo de manifestantes que pediam a saída da reitora da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

    O ministro foi interrompido pelo menos quatro vezes por esses manifestantes. Em uma delas, uma estudante pediu para que representantes dos acadêmicos compusesse a mesa. O pedido foi aceito, dois estudantes se juntaram às autoridades e discursaram. Um deles, Laís Rondis. Ela pediu aplicação de 10% do PIB na educação, a saída da reitora da UFMS e mudança na eleição da chefia de administração da instituição de ensino. 

    Em resposta à fala de Laís, o ministro falou que não há receita para aplicar 10% do PIB, que existem 7,2 milhões de pessoas querendo entrar em uma universidade e que não fará alterações nas eleições. “Sinto muito, mas não posso virar as costas para ele”, declarou.

    A Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul (Fetems), entregou o pedido de apoio à política do piso nacional. Mercadante explicou que “a receita dos estados não acompanhou o reajuste de 64% do piso nacional nos últimos três anos”. O ministro da Educação defendeu que o reajuste do piso seja “de forma real e sustentável”.

    Em uma das interrupções ao seu discurso, foi a vez de Mercadante pedir. “Gente, pelo amor de Deus, vocês não vão ganhar no grito. Aqui o debate precisa ter argumento”.

    Fonte: G1 MS
    Por: Fabiano Arruda